SÃO PAULO – O São Paulo gastou 6,2 milhões de euros (R$ 20, 46 milhões) na compra de 50% do atacante argentino Lucas Prato, ex-Atlético-MG, mas existem gatilhos no contrato que podem fazer esse preço subir para cerca de 11 milhões de euros (R$ 36 milhões), mas aí o clube teria 95% dos direitos econômicos do atleta. “A negociação se desenvolveu e demorou além do que normalmente gostaríamos porque o São Paulo manifestou o interesse de ter participação maior no jogador”, disse o presidente Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco.
“Nossa conversa logrou obter êxito com a aquisição imediata de 50%, e depois temos metas e gatilhos, que não são para esse ano, pois acontece só a partir de 2018. Fizemos um contrato de quatro anos, então em 2018, 2019 e 2020, com a possibilidade diante da ocorrência de certas metas, podermos adquirir um porcentual maior que chega a 95% no total”, explicou.
O dirigente avisa que a contratação do atleta, apesar de ser muito dinheiro para a realidade do futebol brasileiro, faz parte do planejamento do clube. “Fizemos o investimento de forma pensada e calculada. Queríamos ter esse jogados e o desejo se materializou. Tivemos um aporte financeiro importante com negociação do David Neres. O São Paulo está organizado financeiramente, sem nenhum problema. A equipe de futebol é absolutamente necessária para um clube da grandeza do São Paulo”.
As metas não foram divulgadas, mas se referem a número de gols, conquistas e talvez até presença na seleção da Argentina. “Fiz um contrato de quatro anos para tentar ficar os quatro anos. Depois se o São Paulo precisar vender ou não quiser mais meu futebol, a gente conversa”, disse o atleta. “Meu projeto de carreira é pensar nesse ano, conquistar coisas importantes com o clube, entender o que o treinador quer de mim e fazer jogo a jogo, provando que o São Paulo fez bem em me contratar”, disse.
Com Pratto, o São Paulo chegou a seis contratações na temporada. Mas Leco garante que o grupo não está fechado e que sua diretoria de futebol vai continuar de olho nas oportunidades do mercado. “O grupo não está fechado, nunca está. As oportunidades estão sempre abertas, depende das circunstâncias do mercado, da dinâmica da equipe de futebol, e isso pode recomendar outro investimento. Não existe nada programado, mas a possibilidade de vir alguém sempre existe”, avisou.
(Estadão Conteúdo/ATUAL)