Por Lúcio Pinheiro, da Redação
MANAUS – O governador eleito Amazonino Mendes (PDT) confirmou nesta segunda-feira, 2, os nomes de nove secretários de seu quarto mandato no Governo do Amazonas. O governador disse que sua gestão busca novos nomes e que irá fazer uma radical reforma administrativa.
“Pretendemos fazer um radical reforma administrativa. Inclusive com um novo organograma do Estado. Uma filosofia de governo abandonada há 15 anos deverá voltar revertida dos reforços modernos”, afirmou o governador.
Uma das surpresas no anúncio foi a confirmação da saída de Robério Braga da SEC (Secretaria de Estado de Cultura), após 20 anos no comando da pasta. Amazonino elogiou o longo tempo de Robério na área.
“Robério Braga foi um extraordinário secretário”, disse o governador, ao anunciar o nome de Denilson Novo para a SEC. A missão de Denilson, segundo Amazonino, “é levar a cultura para os bairros”.
Lista parcial
A lista parcial do secretariado de Amazonino tem ainda os seguintes nomes: Bosco Saraiva (Segurança), Sidney Leite (Casa Civil), Francisco Deodato (Saúde), Paulo Carvalho (PGE), Alfredo Paes (Fazenda), Célio Jr. (Comunicação) e Janaína Chagas (Juventude).
Amazonino fez o anúncio de seus primeiros secretários na cerimônia de diplomação dele e do vice-governador, Bosco Saraiva (PSDB). No discurso, voltou a sustentar que vai receber um Estado em situação difícil econômica e administrativamente.
“Estamos diante de um grande desafio. Em pouco mais de uma ano, enfrentar a maior crise econômica da história do Brasil, somada à dramática situação das finanças e à maior desorganização de governo do Estado do Amazonas em todos os tempos”, afirmou o governador eleito.
Segundo Amazonino, “olhando a máquina do governo por dentro, o cenário é terrível”. “Parece que estamos em meio a uma guerra. Só há destroços. Enfrentamos atrasos no pagamento de fornecedores. Carregamos o peso de uma dívida bilionária, e muitos contratos estão sob forte suspeição”, disse o governador.
A eleição
Amazonino Mendes foi eleito em 2º turno governador do Amazonas. Ele obteve 577.397 votos, o equivalente a 38,77% dos votos válidos. Seu adversário, Eduardo Braga, teve 377.680 votos, o equivalente a 25,36% dos votos válidos.
A Eleição Suplementar para o Governo do Amazonas teve nove candidatos. Além de Amazonino e Braga, disputaram o cargo Rebecca Garcia (PP), José Ricardo (PT), Luiz Castro (Rede), Wilker Barreto (PHS), Marcelo Serafim (PSB), Jardel (PPL) e Liliane Araújo (PPS).
Amazonino e Bosco irão assumir um mando de 14 meses. Os dois substituirão José Melo (Pros) e Henrique Oliveira (sem partido), cassados por compra de votos.
A posse
Além da diplomação, para começar a governar de fato, Amazonino precisa ser empossada pela ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas).
Em ato publicado na semana passada, a Mesa Diretora da ALE-AM marcou a data da posse para o dia 10, na sede do próprio Poder Legislativo, às 10h.
Na manhã desta segunda-feira, 2, a Diretoria de Comunicação da ALE-AM enviou comunicado à imprensa informando sobre a necessidade de credenciamento dos profissionais de comunicação para cobrir o evento.
Apesar de definido, o local da posse pode mudar. Na semana passada, o deputado estadual Dermilson Chagas (PEN), aliado de Amazonino, apresentou um requerimento pedindo que o evento ocorra no Centro de Convenções Vasco Vasques.
Os aliados de Amazonino querem fazer uma grande festa para receber todos os apoiadores da campanha no interior. Na avaliação deles, o plenário da ALE-AM será pequeno.
A oito dias da posse, Amazonino ainda não divulgou seu secretariado. Até aqui, a imprensa especula alguns nomes. Para a área da saúde, fala-se em Francisco Deodato. Enquanto o vice-governador, Bosco Saraiva, estaria certo para assumir a pasta da segurança.