Por Fábio Zanini, da Folhapress
SÃO PAULO – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tentou uma solução intermediária para não desrespeitar o regimento e, ainda assim, manter o controle da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nas mãos de aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele sugeriu ao deputado Vitor Hugo (PL-GO), que pleiteava o assento, procurar algum parlamentar oriundo do PSL ainda filiado ao União Brasil para o indicar para a vaga. Vitor Hugo, no entanto, acabou sendo atropelado.
Pelo acordo firmado em 2021, quando Lira foi eleito presidente da Casa, a ala do então PSL de oposição a Bolsonaro teria direito a um espaço na Mesa Diretora, responsável por decisões administrativas; já o grupo fiel ao presidente ficaria com a CCJ. Na ocasião, Luciano Bivar, hoje presidente do União Brasil, ficou com a Primeira Secretaria da mesa e Bia Kicis (PL-DF) com a CCJ.
No meio do caminho, no entanto, o PSL se fundiu ao DEM, criando o União Brasil e os apoiadores de Bolsonaro foram para o PL. Pelo regimento, no entanto, a primeira escolha para as comissões continua sendo do maior partido eleito, ou seja, o PSL, incorporado ao União.
Diante disso, agora dois nomes oriundos do DEM estão disputando a vaga: Juscelino Filho (União-MA) e Arthur Maia (União-BA).