Da Redação
MANAUS – O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM), Josildo Oliveira, disse que está ciente sobre a possibilidade de ser preso por desobediência à ordem judicial. Mesmo com liminar da Justiça do Trabalho ordenando a manutenção de 70% da frota de ônibus, motoristas e cobradores pararam 100% dos veículos na manhã desta terça-feira, 17. Oito mil trabalhadores entraram em greve por tempo determinado descumprindo a ordem judicial.
Josildo Oliveira justificou que o sindicato não soube com antecedência sobre a decisão da Justiça. “A Justiça concedeu a liminar e fomos notificados depois que começamos a greve. A gente não sabia dessa decisão, mas depois fizemos uma assembleia com os trabalhadores e decidimos manter a greve, mesmo com a decisão judicial, porque estamos há oito meses esperando o aumento salarial do ano passado. Os empresários estão mentindo para a sociedade. Somos a única categoria do Brasil que não teve reajuste”, disse.
Conforme Josildo, a possibilidade de ser preso preocupa. “Os rodoviários estão irados e indignados e não voltam a trabalhar até que saia esse reajuste. Do jeito que está vindo liminar, a gente não pode fazer mais nada. Mas é importante frisar que nós, rodoviários, estamos cumprindo a lei. Avisamos com 72 horas de antecedência após realizar uma assembleia geral. Agora a justiça diz que estamos errados? Lógico que eu não quero ser preso porque estão degolando todo mundo lá no presídio, mas é o jeito. A gente tem que brigar”, disse.
O Sinetram (Sindicato das Empresas do Transporte de Passageiros do Amazonas) informou que irá apenas comunicar a realização da greve e o descumprimento da ordem judicial à Justiça do Trabalho.