Da Redação
MANAUS – A juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, da Justiça Federal no Amazonas, fez um apelo na noite desta terça-feira, 19, usando sua conta pessoal no Twitter, para que “não furem a fila da vacina” contra a Covid-19 no Estado. “Não deixem ninguém furar. Denunciem às autoridades federais competentes para as providências cabíveis”, escreveu a magistrada.
Jaiza Fraxe não informa se houve casos de furo da fila da vacinação, neste primeiro momento destinada aos profissionais de saúde que trabalham na linha de frente de combate à pandemia, aos idosos que vivem em casas de acolhimento e indígenas aldeados. Mas ela sugere que a fila está sendo furada.
“O povo do Amazonas não merece isso. Estamos lutando pelo direito constitucional à vida digna. Não sabotemos uns aos outros”, completou a juíza.
Nas redes sociais, há diversas postagens, sem comprovação de veracidade, sobre familiares de políticos que estariam furando a fila de vacinação.
O Governo do Amazonas divulgou um comunicado, agora à noite, depois das manifestações nas redes sociais, em que informa que não tem controle sobre a aplicação das doses de vacina, que é competência dos municípios.
“O Governo do Estado do Amazonas informa que é responsável somente pelo recebimento das vacinas do Ministério da Saúde (MS) e distribuição às Prefeituras Municipais. A aplicação é de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde e obedece os critérios de prioridade definidos pelo Ministério da Saúde. O Governo do Estado não é responsável pela vacinação de qualquer pessoa”, diz o comunicado.
O prefeito de Manaus, David Almeida, em uma live no Facebook, as 21h40, informou que uma das polêmicas em torno da vacinação ocorreu depois que duas médicas que trabalham em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) que está atendendo pacientes de Covid-19, postaram nas redes sociais delas que haviam recebido a vacina.
Por serem novas, segundo o prefeito, as postagem ganharam grande repercussão e acusações de que elas haviam furado a fila. Para David Almeida, a vacinação das duas atende ao que determina o Ministério da Saúde e as acusações não passam de fake news.