Do ATUAL
MANAUS — Policiais civis do Amazonas prenderam nesta quarta-feira (30) um jovem de 19 anos suspeito de estuprar e importunar sexualmente 13 crianças e adolescentes do sexo masculino. Ele também armazenava imagens de pornografia infantil.
O delegado-geral Bruno Fraga disse em entrevista coletiva que o suspeito era investigado há dois meses, após a identificação de 13 vítimas. “Durante as investigações, foi revelado que o indivíduo organizava jogos de futebol em um condomínio de Manaus, com crianças e adolescentes que moram no local, para poder ganhar a confiança deles. Ele se aproveitava da proximidade com os meninos e praticava os crimes sexuais, não só contra eles, mas também com seus amigos que frequentavam o local para lazer”, afirmou Bruno Fraga.
Segundo o delegado, o suspeito oferecia dinheiro para obter fotos das vítimas. Ele atuava também em barbearias, onde observava crianças e adolescentes para cooptá-los.
“O alerta é para que os pais fiquem ainda mais atentos aos seus filhos, pois esse tipo de conduta pode ocorrer até mesmo no ambiente familiar. Sabemos que não se trata de um caso isolado. A Depca tem realizado prisões diariamente relacionadas a esses crimes, por isso pedimos encarecidamente que os pais redobrem a atenção”, enfatizou Bruno Fraga.
Investigação
A delegada Juliana Tuma, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, disse que a Operação Fim de Jogo começou a ser planejada a partir da denúncia sobre morador de um condomínio que estava aliciando crianças em jogos de futebol.
“O indivíduo se valia da confiança das vítimas para ter falas e condutas inadequadas. Ele iniciava ganhando a confiança não só da criança ou do adolescente, mas também de seus familiares, chegando inclusive a frequentar e dormir nas casas das vítimas”, disse a delegada.
Juliana Tuma revelou que até o momento foram identificadas 13 vítimas de estupro e importunação sexual. Conforme a delegada, o indivíduo foi interrogado e preferiu se manter em silêncio.
“Também foi confirmado que o suspeito tem essa conduta desde os 16 anos. Porém, as vítimas que constam no caderno investigativo da Depca são todas de quando ele era maior de idade. Ou seja, do começo do ano para cá”, contou a delegada.
Juliana Tuma disse que foi acessado dados de diversos aparelhos celulares das vítimas com autorização dos pais.