Da Redação
MANAUS – Com a obtenção de licença ambiental fornecida pelo Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas), a exploração de gás natural no Campo de Azulão, entre os municípios de Silves e Itapiranga, deve começar ainda este ano. A Eneva, empresa que venceu a licitação federal, já iniciou a construção da estrutura para retirada do gás.
O projeto Azulão-Jaguatirica foi vencedor no Leilão para Atendimento a Boa Vista e Localidades Conectadas, organizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em maio deste ano. O poço está localizado na Bacia do Amazonas e o produto será levado em caminhões para Boa Vista (RR). Lá, o gás passará pelo terminal de regaseificação e será entregue para a usina termelétrica Jaguatirica II, de 117 MW de capacidade instalada, para atendimento ao sistema isolado de Roraima.
O estado é o único do Brasil que não está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), e por isso é abastecido por usinas termelétricas a diesel, mais caras e poluentes. Com o projeto, segundo a Eneva, haverá uma redução de 32% nas emissões de CO2 em Roraima, e uma queda de 38% no custo de geração do estado.
O investimento total para a implantação de Azulão-Jaguatirica está previsto em R$ 1,8 bilhão, e a entrega de energia começa em 28 de junho de 2021.
Descoberto há 20 anos, o Campo de Azulão foi declarado comercial em 2004, mas nunca produziu. Comprado pela Eneva em abril de 2018, o campo vai entrar em produção em 2021 e será o primeiro campo a produzir da Bacia do Amazonas. Jaguatirica II será a primeira usina movida a gás natural de Roraima, e vai contribuir para o aumento da segurança energética do estado, de forma limpa e competitiva.
A Eneva é uma empresa integrada de energia, que une a atividade de produção de gás natural em terra à geração de energia elétrica. Sua atuação é centrada nos estados no Norte e Nordeste do país, e contribui para o aumento da segurança energética da região e para a modicidade tarifária. A companhia é a maior operadora privada de gás natural do Brasil, responsável por 40% da capacidade instalada de geração térmica do subsistema Norte e 11% da capacidade instalada de geração a gás do país.