Estamos no início dos Jogos Olímpicos e já temos algumas aulas para uma profunda reflexão sobre novas inversões a serem feitas pelo nosso milionário Estado Brasileiro.
- Os brasileiros viram o mesa tenista brasileiro Hugo Calderano? Um craque! um treinador francês ao seu lado e uma idade que nos diz que esse rapaz poderá ir muito longe e levar centenas ou milhares de brasileirinhos com ele.
- Vimos o polo-aquático feminino. Uma tragédia! Aquilo que começou com muita vontade de acertar, degringolou. Deve começar do comecinho. Agressões e péssimas lembranças de um tempo em que se jogava com luva de ferro dentro d’água.
- O Judô da nossa heroína Rafaela. É um exemplo do que deve ser feito pelas nossas minorias. Negra, pequena, do morro, a heroína tinha tudo para dar errado. Deu certo e é exemplo nacional. Se eu fosse das Forças Armadas e o COB está cheio de generais, já sairia com uma promoção para a Tenente Rafaela. Alguém merece mais que ela? Claro que ninguém. O General Heleno, nosso inesquecível herói amazônico, saberá, como ninguém, conduzir a nossa Rafinha.
- A natação. Coitados? Totalmente fora da competição mundial. Parecem uns mirins perto dos profissionais da elite. Vem por aí muito trabalho de base, científico e de organização para os novos dirigentes da natação brasileira que serão empossados em 2017. Muito trabalho mesmo. E muita vontade de se indispor contra cartórios estabelecidos em grandes estados. Esporte totalmente fora dos padrões internacionais. A natação é uma grande idiotice nacional. Tudo errado. Do planejamento até a execução. Salvemos a Maratona Aquática que era o último lugar do mundo e hoje disputa os primeiros. Os pensadores da Maratona são outros, com têmpera forjada nas mais difíceis batalhas.
- O Voleibol é um esporte que está dentro dos padrões internacionais. O que vemos? Ou renova com mais altura e menos idade, ou morre. O Bernardinho, mais nervoso a cada dia, não faz mais nada de novo. O grande treinador brasileiro parece ser o José Roberto Guimarães. Ele sempre é requisitado pelos outros países. O Bernardinho, jamais.
- O futebol brasileiro. Esse começará pela prisão dos seus dirigentes no território brasileiro. No internacional, todos eles, os dirigentes do futebol brasileiro, já estão encarcerados nos limites da Papuda. Nem ao Paraguai os Del Nero têm coragem de viajar. Uma desmoralização mundial. Em uma Olimpíada, no seu próprio país, escalam um treinador desconhecido dos brasileiros e do futebol mundial. Brincalhões de polícia e ladrões. Daí nada se espera.
- O Basquete. Todos são da NBA e quando chega a hora da grande competição, todos fogem.
- O investimento deverá ser aqui. O treinador internacional deverá morar aqui. A ninguém será dado o impedimento de treinar e morar lá fora. Só que não sairá um real para treinamentos no exterior. Nunca deu certo. Todos que foram para os Estados Unidos já sairam craques e voltaram disputantes de podium. Começou com o nosso recordista mundial José Silvio Fiolo. Abandonado pelos Americanos às vésperas da Olimpíada.
- Vamos torcer pelo nosso atletismo. Lá, está a base de tudo. Se colhermos medalhas no atletismo poderemos respirar tranquilos porque alguma coisa de bom está por aparecer.
Os investimentos deverão ser nos nossos atletas, nas pessoas. Os nossos dirigentes, eu não os conheço e não posso escrever sobre os mesmos. Espero que melhorem muito.
Roberto Caminha Filho, economista, ex-presidente da competitiva natação amazonense, está incrédulo com o COB.