Da Redação, com informações do Climatempo
MANAUS – Este ano, o inverno amazônico é a aposta para pôr fim a uma das temporadas de fogo mais letais da história do país. As chuvas nas regiões que sofreram com o fogo devem se firmar em novembro.
Segundo o Climatempo, a volta das chuvas vai melhorar a qualidade do ar que se tornou perigosa para a saúde neste mês de setembro em estados como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Acre. Conforme o site especializado em meteorologia, cientistas alertam que ‘tempestades de fogo’ como as que ocorreram no Brasil podem se tornar comuns.
As chuvas devem aliviar a crise de maneira apenas momentânea. Se durante o inverno amazônico, novos desmatamento em grande escala forem praticados, em 2021 uma nova temporada de queimadas marcará o verão amazônico, gerando mais calor e focos de incêndios, avalia o Climatempo.
O método empregado por desmatadores e incendiários das florestas brasileiras é conhecido por aproveitar os ciclos de verão e inverno amazônicos. Na época de chuvas, eles cortam as árvores, comercializam as madeiras mais valiosas e largam galhos e toras para trás. O Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real), do Inepe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais), capta essa diminuição do volume de mata e emite os chamados ‘alertas de desmatamento’, que neste ano subiram 34% em relação ao ano passado.
A estação seca é usada para a queima de áreas de florestas o que sobrou do desmatamento, liberando a área de floresta para pastagem e mineração. Por isso, quanto mais alertas de desmatamento forem emitidos, maior será a probabilidades de incêndios florestais devastadores durante o verão amazônico. Ou seja, o governo pode se preparar para a temporada propícia a queimadas monitorando as áreas onde houve alerta de desflorestamento.