Da Redação, com Ascom IBGE
MANAUS – Em março, a produção industrial no Amazonas sofreu sua maior redução mensal dos últimos quatro anos. A queda foi de 11,0% na comparação com o mês anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O desempenho foi quinto pior do país. A comparação com o ano passado também mostrou uma redução de -5,7%. Com isso, o acumulado no ano que começou em janeiro com 4,9%, chegou em março a -1,2%. Pode-se dizer que a indústria extrativa que caiu -15,2 % puxou fortemente a atividade, enquanto a indústria de transformação caiu -5,1%.
No recuo de 9,1% da atividade industrial nacional, na série livre de influências sazonais, observa-se perfil generalizado de queda, que alcança todos os quinze locais pesquisados, refletindo os efeitos do isolamento social (em razão do combate à pandemia da Covid-19), e que afeta o processo de produção em várias unidades produtivas no país.
Na comparação com fevereiro deste ano, a indústria amazonense registrou, em março, um resultado de -11,0%, seguindo a média nacional que também apresentou resultado negativo (-9,1%).
Quando se compara a produção industrial de março de 2020 com mesmo mês do ano anterior, também observa-se resultado negativo (-5,7%) no Amazonas. No acumulado do ano, período de janeiro a março de 2020 (1º trimestre), também houve retração com resultado de -1,2% se comparado com o primeiro trimestre de 2019. Já o desempenho dos últimos doze meses ficou positivo, em 5,2%.
O desempenho da indústria amazonense de -11,0%, de março em relação a fevereiro, colocou o Estado na posição intermediária (11ª posição) entre as outras unidades da federação. Todas as unidades pesquisadas (15 ao todo) apresentaram valores negativos. Os piores desempenhos foram os dos Estados do Ceará, com -21,8%, do Rio Grande do Sul, com -20,1% e de Santa Catarina, com -17,9%.
O desempenho negativo (-5,7%) da indústria amazonense de março de 2020 em comparação com março de 2019 colocou o Estado na 10ª posição entre as outras unidades da federação. Os melhores desempenhos foram os do Rio de Janeiro, com 9,4%, Bahia, com 5,8% e Paraná, com 1,6%. Os piores desempenhos, os de Santa Catarina, com -15,6, Espírito Santo, com -14,2% e Rio Grande do Sul, com -13,7%.
Acumulado em 2020
Em relação ao desempenho acumulado no 1º trimestre de 2020 em comparação com 1º trimestre de 2019, a produção industrial amazonense apresentou valor negativo (-1,2%). Os melhores resultados foram os dos Estados do Rio de Janeiro, com 9,8%, Bahia, com 7,1% e Pernambuco, com 5,6%. Os piores desempenhos, os do Espírito Santo, com -13,3%, Minas Gerais, com -8,4%, e Pará, com -5,1%.
Máquinas e transporte
Algumas atividades da indústria local tiveram bom resultado em março de 2020 comparado com março de 2019, e contribuíram para que o desempenho da indústria amazonense não fosse ainda mais negativo, a saber: fabricação de máquinas e equipamento (54,3%) (artefato de aço e tampas e cápsulas), impressão e reprodução de gravações (17,8%) (DVDs e discos), outros equipamentos de transportes (10,5%) (motocicletas e suas peças),fabricação de máquinas e equipamentos e materiais elétricos (10,3%) (conversores, alarmes, condutores e baterias), fabricação de produtos de metal (5,1%) (lâminas, aparelhos de barbear, estruturas de ferro), fabricação de equipamentos de informática e eletrônicos (0,9%) (celular, computador e maquinas digitais).
Nesse mês, outras atividades tiveram desempenho negativo, tais como: fabricação de bebidas (-21,8%), indústria extrativa (-15,2%), fabricação de produtos de borracha (-14,63%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-11,0%).