Do ATUAL
MANAUS — Uma indígena de 31 anos foi presa na quarta-feira (11) em Manaus suspeita de explorar sexualmente a filha, de 13 anos. Conforme a delegada Juliana Tuma, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente, a menina era obrigada a se prostituir por quantias entre R$ 15 e R$ 20.
“Ela passou a ser levada para diversos motéis, com vários homens. Ela disse que os programas eram diários, de manhã, de tarde. Ela [mãe] esperava a filha chegar da escola para fazer isso. Cobrava entre R$ 15 e R$ 20 pelos programas sexuais”, contou a delegada em entrevista coletiva nesta quinta-feira (12).
De acordo com Juliana Tuma, o caso começou a ser investigado a partir de uma denúncia feita pela escola onde a adolescente estuda. Segundo a delegada, a menina afirmou estar grávida. Ela foi levada para um abrigo.
“Ainda que afastada, com medida protetiva, essa mãe estava tentando ir ao abrigo, fazia as visitas assistidas e tentando persuadir essa menina, culpabilizando essa menina: ‘você está aqui por culpa sua’. Aí a DEPCA não teve outra alternativa se não representar pela prisão dessa mãe”, disse Juliana Tuma.
Ao ser presa, a mãe confessou, mas tentou justificar alegando que a filha “queria ajudá-la financeiramente fazendo os programas”. “Uma alegação que não vai justificar nada, que não vai explicar nada”, disse a delegada.
Juliana Tuma informou também que o pai está sendo investigado por estupro de vulnerável, mas pela Comarca de Parintins onde a menina morava antes de vir para Manaus. A adolescente disse que foi estuprada aos nove anos de idade pelo pai.
A delegada disse que a polícia busca identificar os homens que pagavam para fazer sexo com a adolescente. Juliana Tuma não soube dizer qual a etnia da indígena.