Da Redação
MANAUS – A incontinência urinária afeta 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia. Mesmo com o quadro alarmente, os tratamentos decaíram em 60% em 2020, segundo o Ministério da Saúde. Especialistas afirmam que a procura por ajuda médica deve ser imediata, logo nos primeiros sintomas.
O urologista Flávio Antunes explica que uma vida saudável é a melhor forma de evitar o diagnóstico. “O sintoma mais comum é a eliminação da urina de maneira involuntária, típico em quadros leves. Às vezes, até com uma tosse ou mesmo uma risada mais intensa, ocorre a liberação de um pouco de urina. Ao perceber isso, o ideal é procurar o médico. Problemas como obesidade podem causar uma pressão na bexiga e provocar a incontinência”.
Diabetes e problemas neurológicos são outros fatores que contribuem para o surgimento da doença. De acordo com Antunes, há casos em que a pessoa acometida não consegue chegar ao banheiro – é a chamada incontinência de urgência.
Outra forma de se manifestar é em homens com problemas na próstata – chamada incontinência paradoxal. O paciente fica com a bexiga muito cheia e tem escapes de urina.
A idade é um dos principais fatores de risco para incontinência urinária. Flávio explica que a incontinência urinária em mulheres também pode estar relacionada à quantidade de partos normais que se teve durante a vida. Geralmente, os sintomas começam a aparecer após os 40 anos.
“Entre as mulheres, 40% têm um grau de perda involuntária de urina e, muitas vezes, é considerado pela paciente como algo normal e por isso não procuram o médico”.
O especialista informa que existem alguns tipos de tratamento para a doença, como o uso de medicamentos, fisioterapia e tratamento cirúrgico.
Veja algumas das recomendações do Ministério da Saúde:
– Procure um médico para diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária que você apresenta;
– Não pense que incontinência urinária é um mal inevitável na vida das mulheres depois dos 50 ou 60 anos. Se o distúrbio for tratado como deve, a qualidade de vida melhora muito;
– Considere os fatores que levam à incontinência urinária do idoso – uso de diuréticos, ingestão hídrica, situações de demência e delírio, problemas de locomoção – e tente contorná-los. Às vezes, a perda de urina nessa faixa de idade é mais um problema social do que físico;
– Evitar a obesidade e o sedentarismo, controlar o ganho de peso durante a gestação, praticar exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico, são medidas que podem ser úteis na prevenção da incontinência urinária.