A mulher desde cedo compreende que tem uma longa caminhada até o reconhecimento e equidade no convívio social, que difere em nada quando o assunto é politica. A passos vagarosos a mulher vem conquistando espaço necessário para que haja representatividade suficiente.
No Amazonas, a participação da mulher sempre foi muito tímida. Puderas, não poderia ser diferente. Em uma sociedade machista, governada de forma absoluta por homens desde a casa até as grandes lideranças, a eficiência da mulher sempre foi questionada.
Pela primeira vez, três mulheres disputam o governo do Amazonas. Na história da política amazonense, nunca o Estado produziu uma governadora ou uma prefeita da capital, mesmo com o eleitorado feminino representando mais de 50%, tanto no Estado quanto no país.
Na história da política amazonense, nunca o Estado produziu uma governadora ou uma prefeita da capital, mesmo com o eleitorado feminino representando mais de 50%, tanto no Estado quanto no país.
Apesar de serem maioria e com a crescente campanha, inclusive do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de incentivo para que mulheres participem da política, o número de mulheres ocupando cargos eletivos ainda é muito baixo.
O Amazonas, por exemplo, é o Estado brasileiro com o menor número de mulheres ocupando esses cargos. Na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), das 24 vagas, apenas uma é ocupada por uma mulher, a deputada Alessandra Campêlo (PMDB).
Na Câmara Municipal de Manaus (CMM), dos 41 vereadores, somente 4 são mulheres, as vereadoras Glória Carratte (PRP), Joana D’Arc (PR), Professora Jacqueline e Therezinha Ruiz (DEM). No Congresso Nacional, temos uma senadora representando o Estado, Vanessa Grazziotin (PCdoB), e uma representante na Câmara dos Deputados, Conceição Sampaio (PP).
A batalha de várias mulheres para romper com o pensamento de que homens são mais capazes de assumir cargos públicos, está sendo travada com muita força. Nessas eleições, as mulheres candidatas levam consigo uma responsabilidade dentro dessa batalha. A que sair vencedora levará nas costas um outro tipo de carga, em uma etapa difícil, uma pressão que jamais foi feito a homens, pois são as mulheres que são sempre classificadas de sentimentais, histéricas, nervosas e não competentes. Uma forma antiga de relativizar a presença feminina, impedindo o crescimento da representatividade. Impedindo de nos dar o gostinho de experimentar uma democracia consolidada.