Da Redação
MANAUS – Importação de alimentos e falta de oferta é a responsável pelos altos preços cobrados por produtos agrícolas no Amazonas, mesmo com financiamento do governo no agronegócio. Segundo o secretário da Sepror (Secretaria da Produção Rural), Petrúcio Junior, o preço reduz quando existe oferta, mas o Estado ainda é importador de alimentos.
Durante o lançamento do Plano Safra Amazonas 2019/2020 nesta quarta-feira, 17, Petrúcio Junior afirmou que o aumento da participação do agronegócio regional pode contribuir para reduzir a importação e consequentemente diminuir os preços.
“A economia diz que o preço reduz quando existe oferta, lamentavelmente a gente ainda é importador de alimentos. Mas nós estamos aumentando a nossa participação e eu destaquei que dados oficiais econômicos apontam para um crescimento já neste ano de 36% do setor agrícola, do setor agropecuário. Isso certamente vai aumentar a competição e reduzir a importação de alimentos”, explicou.
De acordo com o secretário da Sepror, o Amazonas já tem capacidade para exportar. “Nós somos ainda importadores e temos capacidade para em algumas cadeias produtivas nós sermos exportadores de alimentos”, disse.
Plano safra
O investimento do governo do estado no agronegócio este ano será na fruticultura (abacaxi, cupuaçu, banana, citros, açaí e guaraná); mandioca; café; juta e malva; avicultura; pecuária de leite e corte; piscicultura e pesca artesanal; milho; soja; feijão; castanha; óleos; borracha; piaçava; madeira em manejos simplificados; agroecologia e produtos orgânicos. O governo disponibilizou R$ 250 milhões para financiar os produtores.
O Plano Safra 2019/2020 foi lançado na manhã desta quarta-feira, 17. Desse valor, R$ 75 milhões serão destinados para a agropecuária; R$ 94 milhões para assistência técnica e extensão rural; R$ 40 milhões para defesa agropecuária e florestal; R$ 40 milhões para crédito da Afeam; e R$ 100,5 milhões para apoio à comercialização.
Segundo o governador Wilson Lima, nos seis meses de governo foram disponibilizados R$ 100 milhões para o setor, enquanto em todo o ano passado foram reservados R$ 90 milhões.
Lima assinou decretos para recuperação de ramais com orçamento de R$ 15 milhões e anunciou a 41ª Exposição Agropecuária do Amazonas (Expoagro), que não ocorre há seis anos. A feira será de 3 a 6 de outubro, no espaço da Faculdade Nilton Lins, no Parque das Laranjeiras, zona centro-sul de Manaus. Em 2020, o evento ganha espaço próprio, no km 2 da BR-174, onde será construído o novo Parque de Exposições Agropecuária.