Da Redação
MANAUS – A identificação do tamanho da área desmatada, quantidade de lixo e nascentes de água atingidas serão mapeados por drones na invasão Monte Horebe, na zona norte de Manaus, desocupada no dia 2 deste mês pela Polícia Militar.
“Identificamos um grande impacto causado no solo, com a construção de barragens para mudar o fluxo das águas e impedir a passagem da chuva. Esses materiais estão acumulados, gerando uma grande quantidade de resíduos”, disse o engenheiro ambiental da Sema Stephan do Nascimento.
O trabalho de monitoramento começou nessa quarta-feira, 11, por técnicos da Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente). A análise inclui ainda alterações originais do solo, vegetação e relevo do terreno.
Segundo o último mapeamento geoespacial, de setembro de 2019, a área total do Monte Horebe ocupava cerca de 140 hectares, o equivalente a 200 campos de futebol.
“Após os mapas serem gerados, conseguiremos mensurar o tamanho do dano ocasionado com a ocupação irregular e identificar a topografia da área, com o intuito de identificar as zonas de drenagem, onde podem ter ocorrido assoreamento do leito de igarapés e nascentes”, disse o engenheiro ambiental e assessor de Recursos Hídricos da Sema, Maycon Castro.
As informações serão utilizadas também para elaboração do relatório de impacto ambiental, contendo dados do plano de recuperação ambiental das áreas afetadas e um cronograma de atividades para recuperação das funções ecológicas do ambiente, caso seja necessária.
Conforme o último levantamento da Sema, a área onde está localizada a ocupação Monte Horebe fica a cerca de 260 metros em linha reta da Área de Proteção Ambiental (APA) Adolpho Ducke.
Na semana passada, a equipe da Sema também visitou um curso d’água, conhecido como Igarapé do Geladinho, para análise preliminar da qualidade da água. Uma análise técnica será feita, posteriormente, para a avaliação de cada trecho do corpo hídrico.