Por Bárbara Costa, da Redação
MANAUS – A mobilidade urbana mobiliza os candidatos à Prefeitura de Manaus, que começaram a campanha eleitoral pelos terminais de ônibus. A intenção é apresentar e debater propostas com os passageiros, entre elas aplicativos que identifiquem a localização da linha e o horário de circulação dos veículos.
Marcelo Ramos (PR) é um dos que propõe tornar pública a localização em tempo real dos ônibus pelas empresas de transporte coletivo com uma legislação que determine informar onde está cada coletivo. Dessa forma, as pessoas passariam menos tempos nas paradas e preveniria contra assaltos. “As mulheres, por exemplo, poderão ir até ao ponto de ônibus com a certeza de que não esperarão muito tempo até o ônibus chegar, diminuindo os riscos de tornarem-se potenciais vítimas”, disse.
Ramos ainda ressaltou o corredor exclusivo para ônibus “não dá pra fazer corredor exclusivo tendo outras linhas locomovendo na faixa da direita da pista, ou muda embarque e desembarque do coletivo para o lado esquerdo ou tira o corredor exclusivo, as duas coisas juntas não dá” disse.
Silas Câmara (PRB), ao contrário, pretende implantar corredores exclusivos e o sistema BRT. “Prefeito não existe só pra dar ou não dar tarifa. Prefeito tem que gerenciar o sistema todo. A ordem será eficiência, qualidade e pontualidade” afirmou.
O Prefeito Arthur Neto (PSDB) também é defensor da implantação do BRT. Arthur diz que tem projeto para a construção de novos terminais de integração, além de pontos de ônibus seguros e inteligentes com um sistema de informações das linhas, horários, itinerários e sistema de monitoramento com câmeras conectadas ao CCOI (Centro de Controle Operacional e de Inteligência).
Já o candidato Henrique Oliveira (Solidariedade) pretende ousar instituindo a “tarifa zero” nos transportes coletivos para todos os estudantes. Trata-se, na verdade, de um subsídio às empresas de ônibus. Também tem ideias para construção de novas vias de trânsito e túneis que eliminem semáforos nos cruzamentos de maior fluxo, além de adotar a “direita livre”. “O objetivo é reduzir os engarrafamentos e diminuir os custos da tarifa de ônibus”, declarou.
O deputado federal Hissa Abraão pretende acrescentar bicicletas na mobilidade urbana, informando que os ciclistas precisam ter integração ao transporte coletivo. “As ciclovias ou ciclo faixas que foram feitas não estão interligadas ao transporte coletivo. É preciso construir terminais de integração para que o ciclista tenha a chance de se deslocar, com bicicleta, de casa até um trecho. Lá ou ele deixa a bicicleta no estacionamento apropriado para o modal ou coloca no próprio ônibus que terá um suporte, de maneira que o deslocamento dele esteja interligado. É preciso dar condições, por conta do nosso clima, com uma estrutura decente de um banheiro ao ciclista”, comentou.
Outra proposta de Hissa é a criação do hidrobus ou barco-ônibus pela orla de Manaus. “Nos países de Europa e até nas cidades brasileiras já usam esse tipo de modal. No nosso governo, vamos criar mini portos de integração ao longo da orla de Manaus que vai integrar a Marina do Davi ao São Raimundo, Manaus Moderna, Educandos, Ceasa e Puraquequara. O passageiro vai diminuir o seu tempo de deslocamento de uma zona para outra. E o melhor: com um bilhete único com os modais interligados”, informou.
O candidato pelo PSB, deputado estadual e ex-prefeito Serafim Corrêa, disse que, caso eleito, removerá a Faixa Azul, corredor exclusivo para ônibus articulados existentes em quatro avenidas de Manaus. Serafim defende o embarque e desembarque nos ônibus apenas no lado direito das vias. “Com isso, protegemos o pedestre”, disse o candidato, ao anunciar que pretende reimplantar a ‘Domingueira’, quando os ônibus circulavam com desconto de 50% na passagem aos domingos e feriados durante sua gestão.
José Ricardo (PT), Luiz Castro (Rede) e Professor Queiroz (PSOL) não enviaram propostas sobre mobilidade urbana.
Saúde
A qualidade dos ônibus do transporte público de passageiros não foi citada pelos candidatos, mas o diretor-executivo do Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre), Antonio Machietto, disse ao AMAZONAS ATUAL que a partir de 2018, a fabricação desses veículos deverá mudar. O alumínio usa na fabricação das barras verticais e corrimões será substituído pelo cobre antimicrobiano. Ônibus com esse material já estão sendo testados na Europa. A finalidade é prevenir e reduzir a propagação de infecções entre os passageiros do transporte urbano. “O avanço representa uma garantia a mais no direito fundamental de ir e vir da população e um exemplo a ser seguido”, disse Machietto, ao citar que a Polônia é pioneira na implantação desse tipo de veículo.
“É consenso que o uso do transporte público deve ser preferido em relação ao particular: ele é menos poluente, diminui a exposição das pessoas a acidentes no trânsito, evita congestionamentos e é menos inativo que o carro. Mas em ambientes com maior aglomeração, como ônibus, metrôs e trens, a proliferação de microorganismos patológicos aumenta o risco de transmissão de doenças, principalmente as respiratórias, como gripe, pneumonia, meningite, tuberculose. Em ambientes fechados, com ar-condicionado, o risco de infecção é ainda maior”, disse.
Os corrimãos e balaústres são alguns dos itens de contato mais frequentes no transporte público. Uma pessoa gripada, que protege o espirro com a mão, por exemplo, ao tocar o corrimão vai contaminá-lo, tornando a superfície propícia à interação contagiosa, caso outro usuário toque o corrimão e leve as mãos aos olhos ou à boca, sem antes lavá-las. “O uso do cobre antimicrobiano, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (no original, Environmental Agency Protection – EPA), elimina 99,9 % dos germes e bactérias”, afirmou.
Estimados,
Sou assessora de imprensa do Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre) e gostaria de saber em qual data a jornalista do portal, Bárbara Costa, conversou com Antonio Maschietto. O conteúdo aqui publicado não reflete a totalidade do artigo divulgado por nós e inclui trechos que não constam do documento original. Aguardo retorno.
Obrigada.
Abs,
Natalia Fontão.