Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – A partir do dia 1º de outubro, 130 mil estabelecimentos agropecuários no País receberão visitas dos agentes do Censo Agropecuário 2017 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com as informações do Censo, o governo poderá definir políticas públicas e financeiras para o setor primário.
O gerente nacional do Censo, Antônio Florido, disse que a pesquisa deve durar cinco meses. Ele participou do lançamento da pesquisa em Manaus, nesta sexta-feira, 22. O estudo é feito a cada 10 anos. “É importante que todos os produtos entrem nesse mapa fotográfico com informações corretas. Se alguma região não entrar na pesquisa, poderá ser prejudicada uma vez que não terá informações para obter dinheiro público, por exemplo”, disse Florido.
Conforme Antônio Florido, a sondagem vai servir de base para elaborar projetos de investimentos nos próximos dez anos. “É muito importante que os produtores entendam a validade do Censo Agropecuário e se disponibilizem a dar informação correta”, disse.
Para o presidente da Faea (Federação da Agricultura do Estado do Amazonas), Muni Lourenço, em dez anos houve mudança no perfil da atividade rural no Estado. “O Estado vem apresentando uma tendência de crescimento em alguns segmentos da atividade rural e o Censo de 2017 poderá trazer tendências para a produção rural no Amazonas”, disse.
De acordo com Lourenço, a pesquisa vai servir de balizamento para decisões do setor privado, para os empreendimentos. “O Censo vai poder apontar carências no que diz respeito a infraestrutura produtiva do setor rural. Temos ainda muitos entraves para o escoamento da produção, dificuldades de ramais e de energia elétrica”, disse.
O chefe do IBGE Amazonas, Ilcleson Mendes, disse que 547 pessoas vão trabalhar no Censo no Estado. “São mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados e precisamos vencer esse território cheio de peculiaridades geográficas para fazer esse retrato do setor produtivo primário”, disse.