Da Redação
MANAUS – O feirante Wanderley Pires dos Santos Junior, 26, foi preso em Manaus por estupro de uma criança de 11 anos, nessa segunda-feira, 24. Wanderley conheceu a estudante do ensino fundamental através de um aplicativo de jogo online. Ele marcou um encontro e abusou sexualmente da menina.
A delegada Joyce Coelho disse que a menina conheceu Wanderley através do aplicativo Free Fire, por meio do qual o homem marcou um encontro com a criança para a tarde de domingo, 23, no Terminal de Integração 3 (T3), no bairro Cidade Nova, zona norte. A menina saiu de casa, na segunda etapa do bairro Alvorada, zona centro-oeste, sem informar aos familiares para onde iria.
“Essa garota conversou com o rapaz de 26 anos pelo aplicativo, foi induzida a sair de casa, fugiu de casa e foi encontrar com ele no terminal. É apenas uma criança de 11 anos que foi violentada por esse rapaz adulto de 26 anos”, afirma a delegada.
A delegada informa que a mãe da criança foi até à DEPCA (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente) registrar o desaparecimento da filha, e em investigações a Polícia descobriu o paradeiro da vítima. A menina foi encontrada na casa do feirante na segunda-feira, no bairro Cidade de Deus, onde foi preso.
Segundo Joyce Coelho, na delegacia a criança confirmou que manteve relações sexuais com o feirante, que também confessou o crime. “Essa criança acabou relatando e com esse retorno ela foi encaminhada para os exames. E aí nós confirmamos com a fala dela e com os exames periciais o estupro de vulnerável que também é admitido por ele. Ele não nega, admite que levou a criança para a casa de um tio e que ficou com a criança lá”, disse Joyce Coelho.
Em depoimento, a mãe da criança, que preferiu não se identificar, declarou revoltada que quer justiça. “Justiça. Porque ele estuprou, ele pegou a minha filha, induziu a minha filha a ir até o encontro com ele. Houve estupro, então o que eu quero no momento é justiça. Ele abusou, ele empurrou, ele pegou ela pelo pescoço. Ele abusou ela de todas as formas”, disse.
“Eu nunca desconfiei o jogo ele é online, que é uma sala que pode conversar”, afirma a mãe da vítima.
Alerta
A delegada alerta ainda para a necessidade de atenção aos crimes que tem origem na internet. “Há vários meios na internet para que essa criança possa ser induzida a sair de casa e até ser vítima de algum crime. Então, o monitoramento tem que ser feito, a criança tem direito de estar brincando com seus jogos na internet, mas com a vigilância dos pais e responsáveis para que não resulte em um caso como esse”, disse Coelho.
(Colaborou Patrick Motta)