
Do ATUAL
MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas apreendeu na segunda-feira (21), em Manaus, material odontológico e de porcelanato adquirido com cartão clonado. O prejuízo foi de R$ 142 mil apenas em uma empresa fornecedora dos aparelhos odontológicos.
Segundo o delegado Adriano Félix, o suspeito é Rafael Braga Batista. O caso foi denunciado à polícia pela dona da empresa na última sexta-feira (17). O delegado disse que Rafael se passava por outras pessoas.
“Ela informou que teria sido vítima de uma compra pela internet com cartões de créditos clonados no valor de R$ 142 mil. Através de imagens nós conseguimos chegar até o Rafael que se passava por Wilson e por Brendo, dois nomes dados durante as compras”, disse Félix.
Conforme o delegado, além do material odontológico havia outros bens que também foram apreendidos. O suspeito, inclusive, deu uma televisão de 75 polegadas para o irmão.
“Foram duas compras realizadas totalizando R$ 142 mil. Não só as compras realizadas nessa loja, como também em outras lojas. Nós temos uma televisão de 75 polegadas que ele presenteou o irmão, nós temos ar condicionado, filtros plastificados, quadros nos valores de R$ 1,2 mil a R$ 1,5 mil, pneus e uma quantidade de porcelanato”, contou o delegado.
Adriano Félix disse que Rafael é conhecido da polícia. “Rafael é um indivíduo que pratica crimes não só no Estado [Amazonas]. Em 2020, ele praticou um delito gerando um prejuízo numa loja de Boa Vista (RR) de R$ 15 mil, com mesmo modus operandis. Em 2022, ele fez compras de quatro passagens aéreas para Florianópolis”, disse.
O delegado informou que as compras foram feitas por links dos setores de vendas das lojas enviadas a Rafael. “São links enviados pelo setor de vendas da loja que, a partir daí, ele consegue preencher esse link com número do cartão de crédito, aqueles três números, a senha e com o nome falso, possivelmente de uma pessoa com a identidade porque ele manda a identidade para a loja e ela acaba aceitando essa compra”, relatou o delegado.
De acordo com Félix, o material apreendido estava na casa da mãe de Rafael e ele não mora lá. “Havia um bom tempo que ele não morava mais com a mãe, mas usava a garagem da casa. É uma casa de três andares, uma casa boa, para guardar esse material. Inclusive foi questionado para a mãe se ela não sabia, se não tinha suspeita desse material, se ela não achava estranho, e ela mencionou que não, pois o filho alegava que a função dele era fazer compra e vendas pela internet. Então, até a mãe ele ludibriava”, contou o delegado.
Rafael está foragido.