
Da Redação
MANAUS – Candidatos a prefeito terão um guia com propostas de políticas públicas aplicáveis na Amazônia. A publicação contém sugestões para o uso sustentável de energia elétrica para gerar desenvolvimento e riqueza. O material foi elaborado pela ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída) e anunciado na abertura do Fórum GD Norte on-line nesta sexta-feira, 25.
De acordo com Carlos Evangelista, presidente da ABGD, as medidas são voltadas para a Amazônia Legal. “O material trará informações úteis para que prefeitos, vereadores, gestores e os diversos líderes da região possam aplicar a geração distribuída para proporcionar desenvolvimento e riqueza para suas comunidades”, disse.
Já Marco Antônio Vilella, secretário executivo de Mineração na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, afirmou que no estado apenas 20% da matriz energética é renovável, enquanto os outros 80% estão divididos entre gás natural e óleo. Villela acrescenta que a pasta tem planos de expandir a porcentagem renovável até 2030.
Evangelista lembrou que, além da questão ambiental, a energia distribuída proporciona economia nas contas de energia para quem a utiliza e também para o país.
A região possui muitas comunidades isoladas, alimentadas por térmicas de alto custo de geração por conta da logística difícil de aquisição do combustível. A conta dessa geração é dividida entre todos os consumidores do Brasil, por meio da Conta de Consumo de Combustível (CCC), inserida dentro da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) na conta de luz.
“Outro fator que agentes públicos devem levar em conta é o potencial de transformação social da GD, que pode gerar emprego e renda, dinamizando a economia regional”, diz Evangelista.
O executivo lembra que a região possui alta incidência de sol para geração fotovoltaica, recursos naturais abundantes e também produção agrícola, cujos resíduos podem virar energia elétrica.
A ABGD projeta continuidade no crescimento da geração distribuída no país e estima mais de 4GW de potência instalada antes do final de 2020. “A região Norte precisa entrar nessa expansão para colher os inúmeros benefícios desfrutados por outras regiões com projetos de GD aplicados em grande escala”, afirma.
O guia será disponibilizado pela internet.