Por Daisy Melo, da Redação
MANAUS – A greve geral na manhã desta sexta-feira, 28, em Manaus, teve apenas protestos isolados de grupos de trabalhadores de diferentes categorias. A adesão foi maior entre professores das redes públicas municipal, estadual e federal que promoveram manifestações contra as reformas trabalhista e da Previdência e a Lei da Terceirização. Por volta das 6h, protestos no Distrito Industrial, zona sul, e no Centro causaram congestionamento no trânsito.
Conforme o Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas), 500 manifestantes participaram do protesto, a partir das 7h, na Praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia), no Centro da cidade. A entidade promoveu um ‘piquete’ na porta do Colégio Dom Pedro II e passou cadeado nos portões, segundo a assessoria de comunicação do sindicato. Às 16, os professores deverão integrar manifestação geral na Praça Antônio Bittencourt (Praça do Congresso).
Professores, técnico-administrativos e estudantes da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) também fizeram protesto, às 5h desta sexta-feira, com panfletagem no Centro Cultural dos Povos da Amazônia (Bola da Suframa) na zona sul. A partir das 7h, a categoria fez panfletagem no Bosque da Resistência, na entrada do campus da Ufam, no Japiim, zona centro-sul. Conforme, a Adua (Associação dos Docentes da Ufam), tanto a entrada quanto a saída da universidade foram bloqueadas. A programação inclui também a participação no ato na Praça do Congresso.
O Ifam (Instituto Federal do Amazonas) também aderiu ao movimento. Um grupo de 50 pessoas, entre professores e estudantes, participou, às 7h, de um ato em frete a unidade, do bairro Zumbi, na zona leste da cidade. O Ifam também participará do protesto no Centro, à tarde.
O sociólogo Francinézio Amaral disse que as manifestações são a soma das diversas individualidades que garante a pluralidade e o exercício da democracia. “As lutas por direitos sociais pertencem à esfera coletiva/pública, pois quando alcançam seus objetivos beneficia todos, inclusive aqueles que não respeitam as lutas e se fecham nas esferas do individuais/privadas. Ir à greve significa compreender que esses valores particulares compõem um valor maior, que está acima destes. O valor coletivo, o valor público”, disse.
Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, parte dos ônibus da cidade não saiu das garagens. “Cumprimos nossa decisão inicial com 30% da frota parada no horário normal e 50% no horário de pico. Todas as oito empresas participaram”, informou.
Na Avenida Constantino Nery, no Centro, a fila de ônibus que se formou foi devido a um ato das centrais sindicais, alegou Givancir.
Pela manhã os protestos foram isolados. E faltou registrarem o nosso do Ifam, na Sete, que foi apoteótico. À tarde o protesto será unificado, às 15:00, na Praça da Polícia. Todos estejamos lá !!!