
Informação e opinião
Por Valmir Lima, do ATUAL
MANAUS – A greve, com suspensão de 50% da frota circulante de ônibus em Manaus, nesta terça-feira (15), é apoiada pelos donos de empresas de ônibus. O Sindicato dos Rodoviários, tão combativo no passado, agora faz paralisação com aval das empresas para pressionar a Justiça do Amazonas a conceder o reajuste da tarifa, sob o argumento de que a falta dele impede o reajuste salarial anual da categoria. Diferente das greves históricas por melhoria salarial realizadas no passado, desta vez as empresas não recorreram à Justiça do Trabalho ou à Justiça comum para impedir o movimento paredista, mas somente para diminuir o impacto da paralisação (50% da frota funcionando). O reajuste da tarifa foi questionado pelo Ministério Público do Amazonas na Justiça, que, agora, pede o cancelamento do decreto do prefeito David Almeida que concedeu o aumento do preço da passagem de ônibus. Na quinta-feira (17) termina o prazo dado pela juíza Etelvina Braga para que MPAM e Prefeitura de Manaus chegassem a um acordo. Até aqui, não houve acordo e ambas as partes já se manifestaram no processo.
Ônibus sem cobrador é inevitável
A notícia de que uma empresa de ônibus comprou novos veículos sem a cadeira do cobrador e de que deverá demitir esses profissionais gerou polêmica em Manaus, com muita gente defendendo o emprego dos cobradores. Na ação civil pública que questiona o aumento de tarifa na Justiça, a promotora Sheyla Andrade dos Santos e o promotor Ednaldo Medeiros recomendam que as empresas que passarem a fazer a cobrança sem a necessidade do cobrador aproveitem esses profissionais em outras funções. Tanto o pedido do MPAM quanto as manifestações de defesa dos cobradores parecem absurdas diante da realidade que se impõe. Há cerca de dez anos a função de cobrador vem sendo engolida nas principais cidades do mundo com o avanço da tecnologia. Ora, se há equipamentos que dispensam o uso de um profissional, não há motivos para que a empresa, adquirindo tal tecnologia, mantenha a contratação. Em breve veremos mais uma profissão ser extinta, como tantas outras ao longo da história.
Custo x tarifa
O que o Ministério Público deveria exigir é que a economia gerada com a demissão de cobradores fosse repassada para o valor da tarifa. Assim, em vez de aumentar, ela seria reduzida, ou pelo menos mantida. O pior do mundos são as empresas economizarem com o uso da tecnologia e o usuário não ganhar nada com isso.
Peixe da Semana Santa
O Governo do Amazonas distribuiu peixe nesta semana a cerca de 500 instituições da sociedade civil, que serão responsáveis por distribuir o alimento a mais de 100 mil famílias em situação de vulnerabilidade. E nesta terça-feira, dá início à venda de pescado para o público em geral em três pontos na cidade de Manaus. O Feirão do Pescado 2025 – Edição Semana Santa, foi lançado na Arena Amadeu Teixeira, zona centro-sul. A estimativa é vender mais de 100 toneladas de peixe. Esse tipo de ação é importante porque inibe a elevação de preço do produto nas feiras, mercados e supermercados nesse período do ano.
Etanol mais caro é no AM
Pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo) na semana de 6 a 12 de abril aponta que o Amazonas tem o maior preço médio do Etanol entre todos os Estados brasileiros. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,45 o litro, no Paraná. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. O menor preço médio estadual, de R$ 4,06, foi registrado em Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,48 o litro. Em Manaus, o consumidor paga 4,49 em quase todos os postos.
Aposentadoria no TJAM
A desembargadora Joana dos Santos Meirelles participou nesta terça-feira (15) da sessão de despedida do Tribunal de Justiça do Amazonas. Ele completa 75 anos, idade máxima definida na Constituição Federal para o exercício da magistratura. Ela recebeu homenagens dos colegas desembargadores e disse que finalizava sua carreira com a certeza de que a missão foi cumprida. A vaga aberta com a aposentadoria de Meirelles será preenchida por um juiz pelo critério de merecimento (o mesmo pelo qual a magistrada foi eleita).