Por Karina Palmeira, especial para o AMAZONAS ATUAL
MANAUS – A Sepror (Secretaria de Estado da Produção Rural) vai investir R$ 3,4 milhões para a construção de tanques para piscicultores familiares de pequeno porte nos municípios de Manacapuru, Iranduba e Novo Airão. Segundo o titular da Sepror, Sidney Leite, apesar do investimento público nos negócios privados, o apoio não vai ajudar na redução do preço do pescado para o consumidor final. “Nossa intenção é ajudar esses profissionais, organizar uma estrutura para o trabalho deles, mas no momento não haverá redução nos valores do peixe vendido”, disse.
Os R$ 3,4 milhões vão beneficiar 60 piscicultores familiares, segundo a Sepror, um investimento de mais de R$ 56,6 mil para casa profissional em média. Leite explicou que os piscicultores serão selecionados pelo Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas) e pela Secretaria Executiva de Pesca Aquicultura, ligada à Sepror.
O projeto consiste em apoiar o Programa de Apoio à Piscicultura Familiar, através da locação de máquinas para fazer a escavação dos tanques para a criação de peixes nas propriedades privadas. O secretario explicou que o trabalho começará após o termino da licitação, que já está em curso. “Fizemos uma licitação que deve ser finalizada em 30 dias. Após esse período, vamos assinar um contrato com a empresa que fará o trabalho”, disse Leite.
Os tanques a serem construídos com recursos da Sepror vão corresponder a 80 hectares (800 mil metros quadrados), o equivalente a 112 campos de futebol, de acordo com a secretaria.
Segundo Leite, além dos municípios de Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, o projeto será implantado em outros municípios, que devem ser anunciados na próxima semana, no lançamento do Programa de Apoio à Piscicultura Familiar.
A Sepror informou que os municípios beneficiados foram selecionados por critérios como tipo de solo, disponibilidade de água, logística de insumos e de comercialização do pescado, além da questão da demanda por pescado nesses municípios, onde é possível verificar que mesmo com a piscicultura avançada em quantidade de área alagada ainda é insuficiente a produção de pescado para atender a demanda por pescado da população, sendo observada a entrada de pescado de outros Estados.