Da Redação
MANAUS – O governador do Amazonas em exercício, Carlos Almeida Filho, manteve a proposta de reajuste de 3,93% aos professores na reunião realizada nesta terça-feira, com os sindicatos da categoria e o comando de greve, e condicionou um possível reajuste à comprovação de que os trabalhadores tiveram perdas salariais de 9,6%, como alega o Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas).
Com a proposta, a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, anunciou, depois da reunião, de um carro de som, que a greve será mantida até decisão da categoria em assembleia geral, que será marcada na noite desta terça-feira, em reunião do comando de greve. “Uma coisa é fato: estamos em greve e continuamos em greve”, disse.
Ela explicou aos professores que o vice-governador manteve a proposta de 3,93% referente às perdas inflacionárias dos últimos 12 meses que antecederam a data-base, e acenou com a possibilidade de reajuste maior depois que os trabalhadores em educação apresentarem provas de que houve perdas residuais entre 2015 e 2018 que somam 9,6%.
Com os dados comprobatórios apresentados pelo sindicato, o governo se compromete a abrir uma mesa de negociação junto à Secretaria de Fazenda para estudar um eventual reajuste, uma vez que a prova de que houve resquício não geraria impedimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Ouvimos atentamente com toda educação, parabenizamos a iniciativa de nos receber, mas deixamos bem claro que é a categoria que decide o seu futuro”, afirmou Ana Cristina Rodrigues.
O que diz o governo
O governador em exercício disse que o governador Wilson Lima “entende da necessidade de valorização dos profissionais que integram a força de trabalho do Estado do Amazonas, em especial dos profissionais da educação”, e que o governo está “fazendo análise com toda a austeridade para que essa valorização possa ser compatibilizada com a legislação”.
De acordo com Carlos Almeida, caso tenha havido, no processo de negociação ausência de inclusão de qualquer percentual que perda ao longo dos últimos quatro anos, esse percentual será analisado pela Secretaria de Fazenda. “Caso confirmado, será proposta o reajuste à Assembleia Legislativa”.
Carlos Almeida, no entanto, reafirmou que não será possível, nesse momento a concessão de ganho real, além da inflação. “Uma coisa é muito simples: não se descura da necessidade de se dá aquilo que já é de lei; os 3,93 o governo não se recusará em conceder. Não será possível ganho real, mas todas as medidas de valorização poderão ser implementadas”, disse. Entre as medidas, Almeida cita as progressões horizontais e verticais.