Por Feifiane Ramos, do ATUAL
MANAUS — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (10), em Manaus, as mesmas medidas paliativas adotadas em 2023 para atenuar os efeitos da seca dos rios no Amazonas. Entre as ações está novamente a dragagem de trechos de rios e distribuição de purificadores de água.
Desde maio o governo promete dragar trechos de rios no Estado para possibilitar a navegação de navios de grande porte. Em julho a licitação foi suspensa pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte).
Desta vez, o primeiro trecho que deve receber as dragas é entre Itacoatiara e Manaus. Serão quatro pontos de dragagens, com investimento total de R$ 500 milhões em cinco anos. Apenas o primeiro custará R$ 92 milhões.
“Isso significa dizer que independente de quem está no poder, nós teremos as dragagens funcionando para atender a população e o setor produtivo local, tendo em vista a importância do escoamento da produção no Estado”, disse o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho.
A remoção de areia, pedras e sedimentos do leito do rio ocorrerá também entre Coari e Codajás (Rio Solimões). Neste trecho o gasto será de R$ 129,1 milhões. Outro trecho é entre Benjamin Constant e Tabatinga (Rio Solimões). O custo inicial é de R$ 139,8 milhões. Entre Benjamin Constant e São Paulo de Olivença (Rio Solimões) o governo estima gastar R$ 112,3 milhões.
Purificadores de água
Outra medida é a distribuição de 150 purificadores de água portáteis, doados por empresas privadas e produzidos pela startup paulista PWTech. Os purificadores já estão na base aérea de Manaus.
Os aparelhos têm capacidade para filtrar 5 mil litros de água por dia. A seca afeta poços artesianos causando escassez de água potável nos municípios.
Dos 62 municípios do Amazonas, 61 tiveram reconhecimento federal de situação de emergência em função da estiagem. A medida permite a liberação rápida de recursos e contratação de serviços sem licitação