Da Redação
MANAUS – O Governo do Amazonas se candidatou a construir uma penitenciária federal. O presídio será instalado em Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus). Os secretários Cletiman Coelho (Administração Penitenciária) e Sérgio Fontes (Segurança) assinaram o protocolo de intenção na manhã desta quarta-feira, 3. O Amazonas disputa com o Amapá e Pará a concorrência pela prisão. Cinco unidades federais serão construídas, uma em cada região.
Iranduba atende grande parte das exigências do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), segundo técnicos do órgão que visitaram o município. O presidente da comissão e diretor da Penitenciária Federal de Porto Velho, Cristiano Torquato, disse que a equipe ficou satisfeita com a análise realizada em um terreno no município. “Avaliamos que Iranduba tem um grande potencial para receber a unidade, já que possui disponibilização de fibra ótica, pavimentação de vias de acesso ao município, distância de 50 quilômetro de um aeroporto e localização próxima de uma unidade hospitalar e um batalhão da Polícia Militar”, disse.
Reforço
Cleitman Coelho disse que foi firmado um compromisso do Governo do Amazonas para reforço da unidade de polícia existente no município. “A comissão do Depen se reuniu conosco na Seap e depois na SSP-AM, alinhando todos os pontos para a assinatura do protocolo de intenção. Uma unidade da Polícia Militar reforçada é uma das exigências para a construção de um presídio federal para uma melhor pronta-resposta das demandas do presídio federal. Esse reforço é algo que pode ser atendido, caso o Amazonas seja selecionado para receber essa unidade”, declarou.
O secretário disse que a construção, manutenção e administração de um presídio federal são feitas exclusivamente com verbas e mão de obra provenientes do governo federal. “Uma unidade prisional federal no Amazonas não representa nenhum investimento ou ônus para o Governo do Estado. A administração do presídio é feita por agentes federais concursados de Execução Penal e a vinda desse empreendimento para Iranduba pode trazer muitos benefícios econômicos para o município”, explicou.
A construção de mais presídios federais foi decidida a partir de chacinas ocorridas em prisões do Amazonas, Rio Grande do Norte e Roraima em janeiro deste ano. De acordo com Cristiano Tavares, o Depen já definiu o local para a construção da unidade federal na Região Sul, que será no município de Eldorado, no Rio Grande do Sul. As unidades do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste ainda estão em análise de locais e dos requisitos para a escolha de uma cidade que preencha todos os pontos necessários definidos em portaria.
Não precisamos de mais penitenciárias. Precisamos de mais democracia e menos golpe de estado. Reformas justas para que ninguém vá mais às ruas reivindicar.
Eu achei que não tinha havido greve geral no país, mesmo com toda a informação dos blogs de esquerda, porque só pude ver a Globo dia 28. Depois pesquisei na internet e vi que houve. E também houve repressão, muita repressão.
Só um apanhado do dia, sem pretensão.
Na Cinelândia REPRESSÃO da PM
http://www.viomundo.com.br/denuncias/brutal-repressao-da-pm-aos-manifestantes-no-rio-veja.html
Vários vídeos Vadih Damous e Jandira
https://vimeo.com/215339105
Como começou a repressão na casa de Temer
https://vimeo.com/215336530 Força sindical contra Temer
https://vimeo.com/215324857 Congonhas
https://vimeo.com/215310343 denunciando o golpe
https://vimeo.com/215271183 repressão em Congonhas
https://vimeo.com/215220905 greve em Salvador
https://vimeo.com/215192421 estudantes na greve
https://vimeo.com/215191996 ato de selvageria contra estudantes
http://www.esquerdadiario.com.br/VIDEO-Brutal-repressao-da-policia-do-Rio-em-ato-do-28A-na-Cinelandia
▪palco da Cinelândia é alvo de bombardeio pela PM
▪com link para vídeo da invasão ao sindicato dos bancários
▪portuários são espancados na porta do sindicato link
contém cenas de câmera de segurança
este caso tem que ser denunciado ao mundo
▪ repressão na ponte Rio Niterói e estivadores reagem link
sindicato dos portuários é invadido por tropa de choque
https://youtu.be/HGiEtod-_f8 sem teto presos
7 mil na greve geral na Praça do Congresso
70 no Largo da Batata:
https://youtu.be/LXX4azUd8S4
https://youtu.be/KB5A2xbhW8s Brasília
Pernambuco https://youtu.be/kwPvq0Dlzyc Apoio Negro
Belo Horizonte 1000 mil
Ribeirão Preto 15 mil
Manaus 7 mil Praça do Congresso
Campo Grande do Sul 70 mil
João Pessoa 20 mil Ponto Cem Reis
Campinas 12 mil
Salvador 100 mil Praça do Campo Grande depois Pça da Sé
Franciscanos na greve em Salvador
Recife 200 mil nas ruas concentração Praça do Derby
Natal 70 mil Praça Cívica
Londrina 10 mil
Na Esplanada de Brasília 5 mil
Santa Bárbara D’Oeste 3 mil sindicato das costureiras
Foto http://www.esquerdadiario.com.br/IMG/arton14788.jpg
Aracaju e Maceió 30 mil cada
35 milhões de trabalhadores pararam no Brasil inteiro
▪ http://www.esquerdadiario.com.br/Greve-sem-impacto-Temer-E-a-perda-de-R-5-bilhoes-so-no-comercio-de-SP
Houve greve em cada canto do Brasil
http://www.esquerdadiario.com.br/O-dia-em-que-Minas-Gerais-paralisou-de-norte-a-sul-do-estado
https://youtu.be/YC1zcug4GCA
Aos 5 min estudante da univ de Goiás agredido pela pm está na UTI, há muitos e muitos outros feridos pelo Brasil todo
https://youtu.be/Qku74RHDYmY No Rio Sindjustiça
Quem são os que usam máscaras? E os que usam bombas?
SBT
https://youtu.be/ghMTTOKB_IM
com Kennedy Alencar SBT não fez boicote à greve
https://youtu.be/AfnM8z6KbhU
notícias antecipadas equilíbrio
https://youtu.be/aJKIu3reLg0 *
dia da greve SBT isenta os grevistas dos atos de violência e vandalismo e denuncia a polícia militar
https://youtu.be/Y0tvGJ1HPt4 Balanço Geral Florianópolis
https://youtu.be/cD6ZVX37lkE motivo para a greve
https://youtu.be/Ilsm7pQ8ZCs igreja católica em homilia é contra as reformas de Temer
https://youtu.be/v0QgfjEAd2M adesão da Petrobrás
em Manaus também houve greve dos petroleiros
https://youtu.be/kemgK2ufrJM vídeo da invasão do sindicato dos bancários
MBL comemora quando jovens são atropelados
http://www.esquerdadiario.com.br/MBL-comemora-atropelamento-de-trabalhadores-em-Sao-Jose-dos-Campos
Só uma observação: Este movimento nada tem a ver com liberdade. Dentre outras barbaridades, já estiveram na sede da UEA da Djalma, colocando a sociedade amazonense contra sua diretora e demais alunos desta Universidade e da Ufam, que lá se encontravam lutando por um Brasil melhor.
Há muitos blogs que fazem apanhados diferentes. Vale a pena visitá-Los, de onde retirei a reportagem abaixo:
CRÔNICA DA GREVE GERAL
Façamos sempre como os estivadores do Rio de Janeiro, que na Greve Geral de 28 de Abril, peitaram a repressão e deram uma lição de como lutar contra o capitalismo em defesa dos direitos da classe trabalhadora.
Demar Oliveira Estudante de Serviço Social – UERJ
Escrever sobre a luta dos trabalhadores é eternizar suas experiências, é registrar nas páginas da história a força da classe trabalhadora no enfrentamento ao capitalismo.
A maior Greve Geral em décadas. Essa era a expectativa da juventude, que levantou ainda na madrugada, para lutar ombro a ombro com os trabalhadores que cruzaram os braços em todo o país contra as reformas de Temer.
Naquele dia pouco dormido de 28 de abril, a ansiedade e a expectativa inundavam o corpo com adrenalina e calafrios antes mesmo de sair de casa sob a chuva rala.
As notícias que chegavam de todo o país aumentavam a euforia. Aeroportos parados. Vôos cancelados. Garagens de ônibus com piquetes de estudantes em apoio aos rodoviários. Metrô e trens metropolitanos sem circulação, e cortes de rua nas estradas das principais cidades brasileiras.
No Rio de Janeiro haviam diversos pontos de protestos espalhados em locais estratégicos. Às 03h da manhã, o Esquerda Diário, o MRT e a juventude Faísca iniciaram o dia com um piquete numa das maiores garagens de ônibus da cidade e, em seguida partiram para a frente da Rodoviária Novo Rio.
Ali é o ponto mais estratégico para travar o trânsito de toda a cidade, pois é o início da estrada mais importante do Rio de Janeiro, a Avenida Brasil.
Os estivadores do porto do Rio de Janeiro estavam ali, em frente ao seu local de trabalho com vista para a Guanabara, com um carro de som falando com a população sobre as reformas.
Nos juntamos a eles sem nada temer e fechamos a Avenida Brasil em todos os sentidos. A chuva rala ainda caía e acentuava o frio de outono sobre as peles arrepiadas.
Aos poucos a concentração aumentava e mais jovens se juntavam aos estivadores. O apoio da população que desciam dos ônibus também aumentava.
De repente, quatro policiais militares chegaram de carro e começaram a atirar bombas de efeito moral para acabar com a manifestação. Mas a reação dos estivadores foi imediata. Foram todos em cima daqueles policiais inconsequentes pedindo respeito à luta dos trabalhadores, mas o que ouviram foram ofensas.
Os estivadores e a juventude retomaram a manifestação e voltaram a fechar a Avenida Brasil, mas desta vez abrindo uma das faixas a cada 10 minutos. Entretanto, não demorou muito até que o Batalhão de Choque da Polícia Militar chegasse para dar ainda mais repressão.
Se armaram e começaram a lançar suas bombas que custam quase um salário mínimo cada uma. Morreu ali a falácia daqueles que acham que a PM só atira quando é provocada pelos manifestantes.
Assim como na luta em defesa da CEDAE no início do ano, os estivadores enfrentaram a repressão e voltaram a fechar as pistas. Enquanto isso, o Choque foi recarregar suas armas quase letais e encher os bolsos com bombas. Começamos então a transmitir ao vivo àquela resistência emocionante dos trabalhadores do porto do Rio de Janeiro.
Advogados ativistas tentavam negociar o fim da repressão, mas foram quase atropelados pela tropa que não enxergavam nada mais além de um inimigo à ser atingido.
Empunhando seus escudos negros, olhavam fixamente para um trabalhador que não arredou o pé diante dos gases lacrimejantes. Os olhares da tropa estavam límpidos, pois não sentem o próprio veneno.
Inconformados com aquele trabalhador que sozinho recompunha a massa, voltaram a lançar suas bombas e novamente os manifestantes dispersaram. Mas aquele estivador permaneceu no meio dos gases, sem máscara e sem óculos. Em suas mãos apenas um cigarro cuja fumaça se misturava com o acinzentar das bombas.
Nas suas costas havia um grafite no muro. Um desenho de um homem com a mão pro alto parecendo dialogar com a cena e pedindo o fim da repressão.
Aquilo foi inacreditável. Era uma tropa inteira contra um único estivador ancorado na repressão. Ele atravessou a fumaça lentamente enquanto fumava seu cigarro sob o som dos helicópteros.
Parou bem na frente da muralha de escudos, apontou seu dedo e começou a dar aula não apenas aos policiais, mas à juventude e demais trabalhadores que ali se encontravam e assistiam ao vivo.
“Estou aqui pela minha família. Tenho 70 anos e não estou de brincadeira. Respeitem a luta dos trabalhadores. Sou o estivador mais antigo desse porto. Estou aqui defendendo os meus direitos. Vocês tem idade pra serem meus filhos, meus netos, mas perderam qualquer tipo de respeito. Se quiserem me tirar daqui terão que me matar”.
Enquanto via tudo aquilo, me perguntava se os policiais não sentiam mais nada. Me perguntava se haviam perdido os seus sentidos humanos. Me perguntava se eles são apenas meros tecidos orgânicos que se transformaram em ferramentas de repressão do Estado sob o disfarce do assalariamento.
Aquela aula do estivador estimulou seus companheiros e a juventude a voltarem pra tentar retomar a manifestação que iniciou pacificamente, mas foi interrompida pela violência da ignorância.
Mas novamente aquelas perguntas invadiram meus pensamentos, agora com menos dúvidas. Sem que houvesse qualquer tipo de reação agressiva dos manifestantes, a repressão voltou a acontecer. Dessa vez ainda pior.
O Choque atirou balas de borracha dentro da rodoviária e em seguida invadiu o sindicato dos estivadores, abrindo caminho com mais bombas.
Quando consegui entrar no sindicato, aquele estivador destemido havia desmaiado. Estava caído na entrada do porto com os braços ensanguentados. Seus companheiros o ajudaram e expulsaram os policiais.
Ao final do ato, máximo respeito aquele trabalhador que peitou a repressão enfrentando a violência do capitalismo destemidamente. Sem sombra de dúvidas um dos heróis da Greve Geral de 28 de abril, marcado e registrado na história da luta dos trabalhadores brasileiros.
© 2016 ESQUERDA DIÁRIO