Do ATUAL
MANAUS – Maior evento do gênero na América Latina, o Festival Amazonas de Ópera foi cancelado pelo governo do estado. A 26ª edição do FAO estava programada para ocorrer de 16 de abril a 26 de maio deste ano.
É a primeira vez que o evento é cancelado por decisão política. Antes, houve duas paralisações: em 2020 e 2021 devido à pandemia de Covid-19. O motivo, segundo a SEC (Secretaria de Cultura e Economia Criativa), é a falta de recursos.
Entre os espetáculos cancelados está a ópera “Simon Boccanegra”, de Verdi, com o barítono Paulo Szot, vencedor do prêmio Tony [concedido nos Estados Unidos], e “Fedora”, de Giordano. Haveria também a apresentação de “Alma”, do brasileiro Cláudio Santoro. O FAO teria também um concerto em homenagem aos 100 anos do compositor italiano Giacomo Puccini.
“Por entender que o equilíbrio fiscal é prioridade para os futuros avanços na administração pública do Amazonas, a secretaria buscou nos últimos meses a captação de recursos, junto à iniciativa privada, dentre outras possibilidades de parcerias que viabilizassem a produção do evento deste ano, porém sem conseguir chegar aos valores necessários”, informou a SEC em nota.
“A Secretaria de Cultura e Economia Criativa acrescenta que reconhece e reforça o compromisso com a promoção e difusão da economia da cultura, como um vetor para alavancar a receita; na valorização dos artistas e dos fazedores de cultura e, na potencialização das manifestações artísticas no interior do estado”, completa”.
Conforme a SEC, os recursos para o festival foram comprometidos com o decreto de redução de gastos orçamentários dom governador Wilson Lima para combater os efeitos da estiagem severa que afetou os 62 municípios amazonenses em 2023. O decreto é de agosto de 2023 e foi reeditado em janeiro de 2024.
Segundo a SEC, o valor dos repasses para o FAO seria de R$ 5 milhões.
Confira a nota da SEC na íntegra.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa informa que o Festival Amazonas de Ópera (FAO) não será realizado em 2024, uma vez que está em vigência, por tempo indeterminado, o decreto de redução de gastos, para manter o equilíbrio orçamentário do governo e manutenção de serviços prioritários.
Por entender que o equilíbrio fiscal é prioridade para os futuros avanços na administração pública do Amazonas, a secretaria buscou nos últimos meses a captação de recursos, junto à iniciativa privada, dentre outras possibilidades de parcerias que viabilizassem a produção do evento deste ano, porém sem conseguir chegar aos valores necessários.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa reconhece e reforça o compromisso com a promoção e difusão da economia da cultura, como um vetor para alavancar a receita; na valorização dos artistas e dos fazedores de cultura e, na potencialização das manifestações artísticas no interior do estado.