Da Redação, com informações da Secom
MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou para esta terça-feira, 10, o inicio do pagamento do aluguel social, no valor de R$ 600, para as famílias retiradas da invasão Monte Horebe que já assinaram o termo de acordo para receber o benefício até que seja definida solução de moradia.
Durante entrevista coletiva na sede do governo, Wilson Lima anunciou, ainda, que assim que estiver totalmente desocupada, a área vai abrigar um Ceti (Centro de Educação de Tempo Integral) e um complexo de segurança pública.
“É uma área de aproximadamente 1,6 milhão de metros quadrados, que pertence ao poder público e que a gente vai dar uma outra destinação. A partir de amanhã essas famílias passam a receber o aluguel social no valor de R$ 600. O nome dessas pessoas amanhã estará disponível no site da Suhab, para mostrar a transparência do Governo do Amazonas”, disse o governador.
Sobre a escola de tempo integral e o complexo de segurança, Wilson Lima disse que os trabalhos vão começar no próximo mês. “Ainda neste mês estou indo lá com a minha equipe, para viabilizar a construção de um escola de tempo integral, as obras já começam no mês que vem [abril]. Vamos, também, construir naquela área um complexo de segurança pública cujo projeto está em andamento”.
Ele disse que essas ações do Estado foram planejadas antes da reintegração de posse e que visam dar dignidade às pessoas que moram naquela região da cidade.
Dinheiro do BID
De acordo com o governador, o dinheiro para a construção da escola de tempo integral serão do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Ainda nesta semana, logo após o pagamento do primeiro aluguel social, o Estado inicia o cruzamento de informações das famílias que assinaram acordo. Quem já estiver em algum programa habitacional, como o Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, que tem residenciais em Manaus como o Viver Melhor, perde o auxílio-aluguel.
Wilson Lima adiantou que, em abril, será lançado o plano de moradia com solução definitiva para as famílias.
Questão ambiental
Sobre a recuperação ambiental de parte da área desmatada e que pertencem à Reserva Adolpho Ducke, o governador disse que os órgãos ambientais do Estado já estão atuando no Monte Horebe.
“Nós estamos, juntamente com a Sema e o Ipaam, naquela área, inclusive identificamos lá uma nascente d’água, um igarapé muito bonito em que a água é transparente e que dificilmente você vê hoje. A gente está construindo projetos também para recuperação daquela área. A área que não for utilizada pelo Governo do Estado na construção dessa escola de tempo integral e também do complexo de segurança será uma área reflorestada pelo Estado”, explicou.
Números do Monte Horebe
Após uma semana da ação social na ocupação irregular Monte Horebe, na zona norte de Manaus, 100% dos casebres foram identificados e as famílias cadastradas.
Os cerca de 180 servidores das secretarias de Justiça (Sejusc), Assistência Social (Seas), Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) e Superintendência de Habitação (Suhab) envolvidos na ação no Monte Horebe, cadastraram 2.340 imóveis.
Até o fim dos trabalhos, 2.260 famílias buscaram o atendimento social do Estado; dessas, 2.204 assinaram o termo de acordo, com a participação da Defensoria Pública do Estado.
Planejamento
Durante os últimos meses, o vice-governador Carlos Almeida realizou diversas reuniões com a Secretaria de Segurança Pública, Sejusc, Seas, Suhab e as secretaria de Cidades e Territórios (Sect) e de Meio Ambiente (Sema).
“As informações de que boa parte de casebres não tinha famílias e marcava apenas lotes foram confirmadas. Mil e quatrocentos foram demolidos porque não tinham qualquer sinal de ocupação; muitos nem teto tinham”, disse Carlos Almeida.