Da Redação
MANAUS – O governador em exercício do Amazonas, Carlos Almeida Filho, decretou situação de emergência no Sul do Estado e na Região Metropolitana de Manaus devido ao desmatamento ilegal e queimadas ilegais. O Amazonas registrou de janeiro a julho deste ano 1.699 focos de calor. Destes, 80% foram em julho, mês em que teve início o período de estiagem.
A Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente) coordenará as ações de combate e prevenção e o Ipaam (Inastituto de Proteção Ambiental do Amazonas) executará as medidas. “A medida que estamos adotando tem por objetivo conter desmatamentos e queimadas, que degradam a floresta, o nosso maior ativo”, disse Almeida.
“Lembrando que nos últimos anos Manaus chegou a ser invadida por nuvens de fumaça provenientes destas queimadas, queremos nos antecipar fazendo de tudo para que isto não ocorra, ou em menores proporções”, disse o secretário estadual do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
De janeiro a julho deste ano, o Amazonas registrou 1.699 focos de calor. O número é inferior ao mesmo período nos anos de 2016 e 2017, quando foram registrados, respectivamente, 2.221 e 1.784 focos. Do total detectado nos primeiros sete meses deste ano, o mês de julho, quando inicia o período de estiagem, contribuiu com 80,7%, com 1.372 focos de calor.
O município que lidera o ranking é Apuí, a 453 quilômetros de Manaus. Dos 1.699 focos detectados, 673 foram concentrados no município, sendo 623 no Projeto Assentamento (PA) do Juma e oito em Unidades de Conservação (UC) federais. Nenhum foco de calor foi registrado em terras indígenas ou UC gerenciadas pelo Governo do Estado no município.
Em seguida, figuram na lista dos dez municípios com mais focos de calor: Novo Aripuanã (152 focos), Lábrea (119), Manicoré (94), Canutama (71), Humaitá (54), Boca do Acre (32), Maués (30), Manacapuru (18) e Autazes (10). Dos nove estados que integram a Amazônia Legal, o Amazonas foi o quarto nos índices dos que menos tiveram focos de calor em 2019.
O Mato Grosso foi o que mais apresentou princípios de incêndio florestal, com 8.779 casos.