Da Redação
MANAUS – Desde o retorno das aulas do ensino médio, em 10 de agosto, 702 profissionais da educação foram infectados pela Covid-19 e apresentaram anticorpos IgM, que demonstra fase aguda de infecção recente há pelo menos oito dias. Os dados são da FVS (fundação de Vigilância em Saúde) e leva em consideração resultados entre os dias 18 de agosto e 22 de outubro.
A FVS informou que, de acordo com a investigação epidemiológica, as infecções recentes aconteceram fora do ambiente escolar. Outros 3.293 apresentaram anticorpos IgG que indica fase tardia da doença, fora do período de transmissão. Segundo a FVS, esses foram infectados de maneira comunitária, provavelmente nos meses de pico da pandemia em Manaus.
Todos os profissionais, que incluem professores, diretores, assistentes administrativos e merendeiros, foram orientados a cumprir isolamento social. E, segundo a FVS, não foram registrados surtos ou infecções generalizadas em escolas.
“Apesar da permanência da circulação viral de Covid-19 na Capital e no interior, não se evidenciou, até o momento, vínculo epidemiológico que demonstre nexo causal de surto ou ocorrência de casos secundários nas 91 escolas que apresentaram casos notificados”, diz a presidente Rosemary Pinto, em relatório técnico divulgado pela Fundação.
Manaus passa por uma fase de aumento de casos, com medidas sendo feitas para conter o avanço no período chuvoso, que deve iniciar em novembro.
Greve na educação
A Asprom (Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus) convocou para o dia 3 de novembro uma assembleia geral para definir uma greve da categoria, que pode atingir profissionais do ensino fundamental e médio.
Os professores sindicalizados ainda não conseguiram entrar em consenso com a Seduc (Secretaria de Educação) sobre o tema do retorno às aulas. Os profissionais pedem a suspensão das atividades e a manutenção do ensino remoto. A justificativa é a letalidade do vírus e a transmissão comunitária na cidade.