Da Redação
MANAUS – Com queda no contágio e nas internações por Covid-19 no Amazonas, FVS (Fundação de Vigilância em Saúde) descarta uma segunda onda de contaminação no estado e a Susam (Secretaria de Saúde do Amazonas) contesta notícias sobre aumento de mortes pela doença. Ambos os órgãos afirmam que a tendência é de redução no registro de óbitos. Os indicadores podem ser acessados em www.fvs.am.gov.br.
Não há, segundo a FVS, tendência de elevação no número de óbitos registrados no período de 24 horas que possam indicar elevação na curva de crescimento. Na terça-feira, 11, foram registrados dois óbitos na capital amazonense, enquanto no dia anterior foram cinco.
“A FVS-AM refuta que esteja acontecendo aumento significativo de novos casos e óbitos por Covid-19 em Manaus e, consequentemente, com base nos dados atuais, informa que não há evidência de uma segunda onda na cidade, como vem sendo veiculado por alguns veículos de imprensa”, disse a diretora presidente da FVS Rosemary Costa Pinto.
Revisão de dados
Rosemary disse que os equívocos na divulgação de dados acontecem após revisão dos registros de óbitos realizados pela Semsa (Secretaria Municipal de Saúde de Manaus). A revisão segue os novos critérios do Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, publicado no início de agosto, que incluiu novos critérios de notificação, investigação e encerramento de casos e óbitos por covid-19.
Antes, os critérios eram apenas laboratoriais (por RT-PCR e Teste Rápido) ou clínico-epidemiológicos. Agora, incluem também critérios clínico e clínico por imagem (tomografias) e laboratorial (por RT-PCR e Teste Rápido) em pessoas assintomáticas.
Por esse método, os 654 registros de óbitos de pacientes ocorridos entre os meses de abril a julho de 2020 em Manaus, que na ocasião não atendiam critérios para serem encerrados como Covid-19, estão sendo revisados pela equipe da Semsa/Manaus.
“Portanto, para efeito de análise dos dados, é importante levar em consideração a data de ocorrência e não a data da confirmação/divulgação do óbito. Qualquer prognóstico que não leve em consideração essas informações pode levar a conclusões erradas sobre o comportamento da doença”, afirma Costa Pinto.
A diretora da FVS acrescenta ainda que existem pacientes internados em estado grave nas UTIs, entubados, alguns há mais de um mês, que podem evoluir com desfecho fatal. “Os óbitos informados nas últimas 24 horas, não são, assim, casos novos recém-diagnosticados”, salienta.
Internações
No Boletim de terça-feira, eram 220 pacientes internados nas redes pública e privada – 159 pacientes confirmados e 61 com suspeita de Covid-19. No dia 1º de agosto, eram 326 internados em leitos exclusivos para Covid-19 – 251 confirmados e 75 casos suspeitos.
A taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 desta terça-feira (11/08) estava em 26%, e de leitos clínicos, em 24,7%. No início de agosto, a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 era de 61%, e de leitos clínicos, 33%.