Da Redação
MANAUS – Com o tema ‘Fraternidade e vida: Dom e Compromisso’, a Arquidiocese de Manaus lançou na manhã desta quarta-feira, 26, a Campanha da Fraternidade 2020. Uma missa foi celebrada em frente à Igreja dos Remédios, no Centro, reuniu centenas de fies e exaltou a valorização da vida.
O arcebispo de Manaus dom Leonardo Steiner alertou sobre a importância de também manter a natureza viva. “A vida são as estrelas, o sol, a lua, as nuvens, essas árvores, os nossos rios, a chuva, é tudo vida. Se nós não cuidarmos, daqui a pouco não teremos abrigo, nós estaremos ao sol. Se não cuidarmos da vida e da natureza, não teremos onde nos abrigar, as nossas casas não serão suficientes”, disse.
Leonardo Steiner também citou “os indivíduos que nós não vemos”, referindo-se à concepção da vida. “Quando falamos da vida, estamos falando desses pequenos microorganismos (embriões) que nós não vemos. A criança que está na barriga da mãe nós não vemos, mas é vida, o óvulo é vivo. A vida que não percebemos, nos conflitos, nas dores dos nossos irmãos, nós não vemos, mas é uma dor viva”, disse.
O arcebispo também citou os mais necessitados. “Aqui nós temos entre nós tantos irmãos que vivem nas ruas do Centro da cidade. Qual é o sentido da vida dos nossos irmãos e irmãs? Qual é? Nós gostamos de levar pão, oferecemos hoje um café, nós abrimos os olhos desses nossos irmãos pra dizer: meu irmão, a vida é um dom”, disse.
O evangelho do dia trouxe a parábola do samaritano, a história de um homem que ajudou o próximo sem questionar as crenças do outro. O arcebispo usou a parábola para ressaltar o objetivo da campanha da fraternidade deste ano. “O nosso samaritanos cuidou de alguém que não era de seu povo, era inimigo. O samaritano não perguntou ‘escuta, você é samaritano? Sim? Então vou cuidar de você’, ele não perguntou nada. A campanha da fraternidade vai nos ajudar a perceber como é grande viver cuidando dos outros”, disse.
Em entrevista no início deste mês, Dom Leonardo destacou que o tema da fraternidade se relaciona com o aumento da violência na cidade. “Na Arquidiocese tivemos uma experiência muito difícil. Pelo fato de uma pessoa ter sido morta, soltaram foguetes em diversas regiões de nossa cidade. Então, qual a questão de fundo da nossa reflexão é: qual é o valor da vida? Qual é o valor da pessoa humana? “, questionou o arcebispo.