Da Redação
MANAUS – A Polícia Civil de Pernambuco prendeu o ex-presidiário Francisco Gleisson Jucá da Rocha, 28, conhecido como “Plenitude”. Ele foi capturado em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, com documentos falsos. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas), ele é considerado de alta periculosidade, integra uma facção criminosa, e é investigado por diversos homicídios em Manaus. A prisão ocorreu após consulta ao Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos), da Polícia Civil do Amazonas.
A Justiça Pernambucana converteu o flagrante em prisão preventiva. Ao ser detido na tarde desta sexta-feira, 23, ele apresentou RG falso em que aparecia com o nome de Ricardo Monteiro dos Santos. Os policiais desconfiaram do comportamento do homem e acionaram a Polícia do Amazonas.
Segundo a Polícia Civil, Francisco Gleisson é um dos nomes mais perigosos de uma facção criminosa que atua em Manaus. Em dois anos, o preso mudou de grupo criminoso três vezes. Na primeira, deixou a facção local para o grupo criminoso oriundo do Rio de Janeiro. Depois, voltou a integrar o bando criminoso amazonense para, logo em seguida, retornar à organização criminosa carioca.
De acordo com a Polícia Civil, investigações em andamento apontam a participação de “Plenitude” em dezenas de homicídios praticados na capital nos últimos anos.
Em janeiro deste ano, ele foi preso na Operação “Domínio da Lei” deflagrada pela SSP para desarticular a atuação de uma organização criminosa do tráfico de drogas na abertura e consolidação da extinta invasão Monte Horebe, que ficava próxima ao Residencial Viver Melhor, no Lago Azul, zona norte da cidade. Naquela ocasião, “Plenitude” foi localizado em um condomínio de luxo no bairro Ponta Negra com uma arma de fogo e dois veículos.
Francisco Gleisson foi preso pela primeira vez em 2013 quando ele foi denunciado pela companheira por violência doméstica. Depois disso, há registros de prisão nos anos de 2017, 2019 e 2020, todos por posse irregular de arma de fogo.
Em março de 2018, ele já estava no sistema prisional quando teve outro mandado de prisão cumprido em função da operação Keres, deflagrada no bairro Lago Azul, pela DEHS (Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros). A operação começou em virtude do assassinato de Rodrigo dos Santos Aranha, que era conhecido como “Baloteli”, ocorrido no dia 3 de dezembro de 2017, no mesmo bairro. A vítima, que tinha 21 anos, foi agredida, morta e decapitada por 22 pessoas, e teve a cabeça jogada nas proximidades de uma quadra de esportes.
De acordo com as investigações da DEHS, “Plenitude” era o mandante do homicídio de Rodrigo, além de ser apontado como o chefe da organização criminosa que atua no bairro Lago Azul. Investigações também indicam sua participação nos homicídios de antigos aliados do crime.