Da Redação
MANAUS– A Comissão de Transição do governador eleito do Amazonas, Wilson Lima, constatou que houve desabastecimento da Central de Medicamentos, vinculada à Susam, por falta de pagamentos aos fornecedores. A situação foi anunciada pelo vice-governador eleito e futuro secretário estadual de Saúde Carlos Almeida Filho após reunião com empresários que têm contratos com a secretaria.
Carlos Almeida disse que a situação foi verificada na própria unidade de saúde. Ele afirmou que já foi constatada uma dívida projetada em mais de R$ 600 milhões para 2019 e que vai exigir o máximo de austeridade do futuro governo para que se possa comportar o pagamento de fornecedores e o reconhecimento das dívidas passadas.
O encontro ocorreu nessa quarta-feira, 12, na Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda). Os fornecedores expuseram diversos procedimentos que implicavam no fornecimento de medicamentos sem cumprimento de critérios estabelecidos em lei. “Isso implica em problemas para a gestão futura a partir de 2019. Com a aproximação do final do ano e férias coletivas, isso implicaria, inclusive, na ausência factual de desabastecimento mesmo na existência de pagamentos concretos que se possam realizar em governos futuros”, disse Almeida.
Segundo o vice-governador, dentro da Saúde existe um problema “enorme” com uma dívida projetada de mais de R 600 milhões “que vai exigir o máximo de austeridade para comportar o pagamento de fornecedores e o reconhecimento das dívidas pretéritas, mas com a responsabilidade de não deixar de fornecer”. Segundo ele, os fornecedores alegam prejuízo à própria saúde financeira, “o que faz com que o Estado do Amazonas seja prejudicado por tabela”.
O ATUAL entrou em contato com a Susam. A assessoria de comunicação se comprometeu em enviar nota sobre a declaração do vice-governador eleito, o que não ocorreu até a publicação desta matéria.