
Do ATUAL
MANAUS – Formando por militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, o Comando Conjunto da Operação Catrimani II instalou o Destacamento Especial de Fronteira de Waikás, na Terra Indígena Yanomami em Roraima. O destacamento é para reforçar apoio logístico na terra indígena e combater o garimpo ilegal.
A equipe militar vai agir também no controle de rotas para escoamento ilegal de minério e no transporte de suprimentos e pessoal, além de ações de inteligência.
Localizado às margens do Rio Uraricoera, o DEF de Waikás foi projetado para abrigar até 100 militares que atuarão de forma permanente na área. Com a presença militar permanente o governo pretende impedir que novas invasões ocorram na terra indígena.
Os militares farão patrulhamentos terrestres e fluviais em pontos estratégicos para impedir a movimentação de criminosos. Também destruirão pistas clandestinas e acampamentos utilizados por garimpeiros. As instalações foram em comum acordo com a Funai e lideranças indígenas.
A Operação Catrimani II é definida como uma ação de emprego temporário e episódico de meios das Forças Armadas, em apoio às ações governamentais, na TIY. Sua renovação cumpre a Portaria GM-MD N° 5.831, de 20 de dezembro de 2024, que alterou a Portaria nº 1.511, de 26 de março de 2024 (publicação que dava início à missão).
O Destacamento Especial de Fronteira de Waikás, commilitares apenas do Exército, foi ativado na última quinta-feira (30) com a presença do comandante do Exército, general Tomás. Segundo ele, um dos maiores desafios para o estabelecimento na região foi a dificuldade logística por se tratar de região de difícil acesso.
Conforme o general, é a localização estratégica do DEF que permite a rápida mobilização de tropas e o acompanhamento constante das movimentações locais, dificultando a reorganização de atividades ilícitas após operações de desintrusão. A ativação do posto permanente, segundo Tomás Paiva, aumenta a eficácia tanto na parte humanitária quanto na parte de segurança “colaborando para a preservação do meio ambiente e a proteção da Terra Indígena Yanomami”.