Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), afirmou no início da noite desta sexta-feira, 21, que está estudando a hipótese de abrir licitação nacional para atrair empresas de transporte coletivo que atuem na capital amazonense. “Nós imaginamos que isso daria uma boa resposta, como uma boa resposta será nós não tolerarmos mais empresas que, sistematicamente, dão prejuízo por falta de governança e por falta de seriedade no trato com seus passageiros, seus clientes”, disse Arthur Virgílio Neto.
A afirmação foi feita durante entrevista coletiva realizada na Prefeitura de Manaus. No mesmo local, o prefeito se reuniu com empresários das empresas de transporte de passageiros e disse que estava aguardando os representantes dos rodoviários, que estavam em outra reunião no TRT11 (Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região).
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, 100% da frota de ônibus está parada em Manaus.
Arthur Virgílio Neto disse que apoia a reivindicação dos rodoviários, mas considerou que eles cometeram erro grave ao deixar os passageiros nas ruas. “Primeiro, eu vejo que há, uma certa justiça na demanda dos trabalhadores, porque eles estão querendo receber o salário que lhes é devido referente ao mês que trabalharam. Por outro lado, eu não concordo com o método: sai da garagem, deixa no Centro e depois as pessoas ficam com dificuldade de voltar porque os ônibus vão para a garagem”, disse o prefeito de Manaus.
Arthur também afirmou que, mesmo com a situação deficitária das empresas Global e Açaí, estranha que todas empresas não possam pagar os salários dos funcionários. “Se o sistema só dá prejuízo, não dá lucro, o que faz o empresário nesse sistema? Eu já teria saído. Se eu fosse empresário e todos os meses eu tivesse que amargar prejuízo, eu não permaneceria nesse ramo. Não é possível que todas as empresas não possam pagar os salários. . Não é possível que nenhuma delas esteja com suas finanças organizadas a ponto de não pagar o que é devido ao trabalhador. Pra mim isso é inexplicável”, afirmou Arthur.
Nesta sexta-feira, o líder dos rodoviários, Givancir Oliveira, afirmou que a direção do sindicato havia ajuizado ação pedindo o bloqueio das contas das empresas para “garantir o pagamento do 13º salário dos trabalhadores”. A medida ocorre após o não cumprimento de acordo pelo Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros), o que também motivou a paralisação de 100% da frota de ônibus na capital amazonense na tarde desta sexta-feira.