
Da Redação
MANAUS – O Governo do Amazonas agiliza obras e serviços em saneamento básico para aproveitar R$ 170 milhões antes que recurso seja perdido. O valor disponibilizado pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde) para investimentos no interior do Amazonas estava parado desde 2016 por falta de projetos e/ou documentações e seria retomado pelo governo federal, disse o governador Wilson Lima, ao anunciar os projetos na manhã desta quarta-feira, 12.
Os trabalhos serão executados em dez municípios com investimento de R$ 34 milhões. Cinco projetos foram elaborados pela Ciama (Companhia de Desenvolvimento do Amazonas) e apresentados às prefeituras de Benjamin Constant, Itapiranga, Maraã, Tabatinga e Juruá, no total de R$ 11 milhões. Outros cinco apenas atualizados pela companhia serão executados em Alvarães, Anamã, Anori, Beruri e Caapiranga, custando R$ 23 milhões.
A segunda etapa do trabalho, que inclui ampliação e implantação de novas estações de tratamento de água, deve custar R$ 29 milhões e ser concluída até 31 de dezembro deste ano. Os municípios de Amaturá, Autazes, Boca do Acre, Tapauá, Uarini, Urucará, Urucurituba, Novo Airão, Novo Aripuanã, Nhamundá, Santo Antônio do Içá e São Paulo de Olivença serão beneficiados.
Wilson Lima disse que a aplicação dos R$ 170 milhões deve ocorrer até dezembro de 2020, sendo R$ 118 milhões para o abastecimento de água e outros R$ 52 milhões em esgotamento sanitário.
Saneamento
O Amazonas está entre os 20 piores estados no ranking de saneamento básico no Brasil e, segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB 2013), do Governo Federal, 31% da população da Região Norte supre a sua necessidade de água de forma inadequada.
Segundo o governo, comunidades no Amazonas como São João do Ipeaçu, Nova Jerusalém do Acará e Boa Esperança, localizadas em Maraã, só possuem água nas torneiras a cada dois dias ou em horários restritos e sem tratamento adequado. Com a aplicação do projeto na cidade, 181 famílias serão beneficiadas.