Da Redação
MANAUS – Reportagem da Revista Época, que começou a circular neste sábado, com o título “As provas da JBS” não traz novidade sobre o senador Eduardo Braga (PMDB), candidato a governador do Amazonas na eleição suplementar em curso no Estado. A única referência ao senador está em um quadro (reproduzido abaixo), em que a revista apresenta informação antiga sobre o que disse o delator e executivo da JBS Ricardo Saud, em maio deste ano.
Na delação Saud disse que pagou, a pedido do PT, propina para cinco senadores do PMDB em troca de apoio político nas eleições de 2014 à chapa Dilma-Temer. Entre os senadores estava, segundo depoimento de Saud, gravado em vídeo, Eduardo Braga, que teria recebido R$ 6 milhões.
A reportagem de Época diz que a revista recebeu um acerto de provas do pagamento de propinas, mas apresenta apenas uma na publicação sobre o “Núcleo do PMDB no Senado”: uma nota fiscal fria da empresa Campos, sediada em Salvador, para justificar dinheiro recebido pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira. O senador Eunício, de acordo com as delações, recebeu R$ 3,3 milhões. A nota fiscal da Campos é de R$ 2 milhões.
No restante do gráfico, a revista apresenta os outros quatro senadores e os valores que cada um recebeu. Eduardo Braga, segundo a revista, recebeu R$ 6 milhões, e a forma de pagamento foi “em troca de notas fiscais frias de empresa indicada pelo político”.
Se houve pagamento desse tipo e se há provas com a revista, ela não divulgou na edição desta semana.
No texto da revista, a única vez que o nome de Braga aparece é na resposta dada pela assessoria do senador:
Em nota divulgada por sua assessoria, o senador Eduardo Braga classificou de “falsa e absurda” a delação da JBS. “A campanha realizada em 2014 seguiu estritamente a legislação eleitoral, o que inclui o recebimento de doações e pagamentos a fornecedores. A prestação de contas foi aprovada pela Justiça Eleitoral”, disse
Confira abaixo o gráfico em que Braga aparece:
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