Da Redação
MANAUS – Quatro entidades civis elaboraram nota de solidariedade ao povo Waimiri Atroari, no Amazonas, e contra a intenção do governo federal de estender o Linhão de Tucuruí até ao Vista (RR) sem consultar os índios. O linhão atravessará a reserva indígena com 250 torres de transmissão, cada uma com base de 50 por 50 metros.
Na segunda-feira, 10, representantes das entidades concederão entrevista coletiva em Manaus para divulgar o documento. O procurador Fernando Merloto Soave, do Ministério Público Federal no Amazonas, participará do ato.
Diz trecho da Nota:
“É justa, legítima e amparada na Constituição Federal e na Convenção 169 da OIT, a exigência dos Waimiri Atroari de que seja realizada a consulta livre, prévia e informada sobre o projeto de construção do linhão de Manaus/AM a Boa Vista/RR. Ao contrário do que afirma o governo, o impacto ambiental da construção do linhão sobre a Terra Indígena Waimiri Atroari e consequentemente os transtornos para a vida do povo indígena, são consideráveis”.
Assinam a nota o Comitê de Direito a Verdade, à Memória e a Justiça do Amazonas, Conselho Indigenista Missionário – Cimi Regional Norte I, Comissão Pastoral da Terra – CPT Arquidiocesana de Manaus, e Casa da Cultural do Urubuí.