MANAUS – Enfermeiros da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa) realizam, nesta terça-feira,23, uma manifestação de advertência em frente à Prefeitura de Manaus, na Avenida Brasil, na zona oeste. Eles reivindicam a aprovação de um Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) para a categoria e mais segurança nas unidades de saúde. A manifestação será realizada entre 8h e 10h.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Enfermeiros no Estado do Amazonas, Sidclei Lima da Silva, a categoria não vai paralisar as atividades nas unidades de saúde. “Estamos convocando os membros da diretoria, as lideranças desse movimento de luta e os enfermeiros que estão de folga do trabalho. Nosso objetivo não é prejudicar a população, mas apenas mostrar que estamos nos organizando para revindicar os nossos direitos”, disse. A Semsa tem 870 enfermeiros, segundo o sindicato.
Sidclei afirma que o sindicato já procurou as autoridades municipais e tentaram uma audiência com o prefeito Arthur Virgílio Neto, sem sucesso. “Eles dizem que agora a prefeitura não tem dinheiro para atender as nossas reivindicações”. A categoria exige a redução da carga de trabalho de 30 para 20 horas semanais e a equiparação salarial com outras categorias de trabalhadores da saúde. “Todos os outros profissionais trabalham 20 horas semanais, só os enfermeiros e enfermeiras trabalham 30 horas”, disse.
O salário básico em início de carreira, segundo Sidclei Silva, é de R$ 3.833,00 (curso superior). “Nós queremos que o município envie para a Câmara Municipal um projeto com o PCCS. Esse é uma reivindicação antiga que nenhum prefeito atendeu. Agora, o prefeito Arthur já atendeu a várias categorias, mas para os enfermeiros a assessoria dele diz que não tem dinheiro”.
Sobre a violência, o presidente do sindicato afirma que há vários registros, inclusive na imprensa, de casos de roubos nas unidades de saúde, com agressões aos funcionários. “Principalmente nas unidades de saúde da família, que ficam nos bairros periféricos, os casos de violência têm aumentado. Nas unidades maiores, existe segurança, mas nas unidades básicas, não existe”, disse.