Da Redação
MANAUS – Representantes de sete fábricas do PIM (Polo Industrial de Manaus) e advogados da Comissão da Zona Franca de Manaus da OAB Amazonas cobraram da Amazonas Energia o fim das interrupções frequentes no fornecimento no Distrito Industrial. A alegação é de que a oscilação causa prejuízos financeiros. Segundo a OAB, estudo das empresas mostra que nos últimos três meses ocorreram sete paralisações no fornecimento de enrgia elétrica.
As empresas afetadas são a BIC do Brasil, P&G, Essilor, NovaMed Pharma, Michelin, Valfilm e Placibrás. Elas alegam que a capacidade produtiva foi reduzida. “Essas indústrias estão tendo suas capacidades produtivas prejudicadas com essas variações e, consequentemente, o faturamento. Não se sabe como esses prejuízos serão sanados”, afirmou a presidente da OAB Amazonas Grace Benayon.
Para a presidente da Comissão da Zona Franca, Gina Moraes, a Amazonas Energia deve ressarcir as empresas. “São muitos prejuízos reais com essas quedas bruscas de energia. São falhas cada vez mais recorrentes. Não podemos permitir que isso afete as nossas indústrias que estão retomando com força total suas produções, após esse período de pandemia”, disse Gina.
As empresas alegam também que a concessionária nega informações sobre as estimativas de tempo para restabelecer o serviço, quando as paralisações acontecem e temem que elas aconteçam com mais frequência quando a cidade passar pelo ‘verão amazônico’.
“Queremos entender o que está acontecendo com o Distrito I e II. Um dia desses, tivemos uma suspensão de energia elétrica inesperada de 2 horas, o que impactou muito no nosso processo produtivo”, afirmou o gerente de departamento da P&G, João Dutra.
A Amazonas Energia foi questionada sobre a situação apresentada pela OAB e as empresas, mas até a publicação desta material não obteve nenhum retorno.