
Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Empresários do sistema de transporte de passageiros de Manaus afirmam que não têm dinheiro para manter 100% dos serviços e, por isso, reduziram a frota de veículos em 16,5% nesta terça-feira, 17, causando superlotação em linhas de ônibus nas quatro zonas da capital amazonense. A intervenção financeira nas empresas, decretada pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, completou 58 dias.
De acordo com o Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros), as empresas estão “se esforçando para manter a operação da frota com a receita disponível”. Além disso, já informaram ao interventor, o administrador Francisco Bezerra, sobre a falta de dinheiro para a compra de combustíveis.
A Prefeitura de Manaus informou que a redução no número de ônibus do transporte público tem sido pontual em apenas algumas empresas e que controla apenas o dinheiro proveniente da bilhetagem eletrônica, que representa 60% do total de recursos que o sistema arrecada diariamente. Segundo a prefeitura, 40% da arrecadação é feita em espécie e controlada pelos próprios empresários.
Ainda de acordo com a prefeitura, a Semef (Secretaria Municipal de Finanças) transfere semanalmente às empresas os recursos necessários para a compra do diesel que abastece a frota do sistema de transporte em Manaus. Sem informar valores, a prefeitura disse que a Semef já transferiu o dinheiro para o pagamento dos serviços desta semana.
A intervenção financeira, segundo o prefeito Arthur Neto, foi para permitir o recolhimento de impostos municipais e garantir o pagamento de direitos trabalhistas. Também alegou que pretende evitar paralisações do sistema com greves de trabalhadores em decorrência do atraso de salários.