MANAUS – A 8ª Reunião do Comitê de Apoio ao Desenvolvimento do Agronegócio no Amazonas, realizada na sede da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), quarta-feira, 9, debateu cases de sucesso de beneficiamento do pescado, a exemplo do apresentado pelo empreendedor e engenheiro de pesca, Nilson Carvalho. O objetivo do encontro é incentivar e mobilizar agricultores, empresários e o governo para investimento e fomento do segmento.
Nilson falou da trajetória da Delicatessem Pescado que está no mercado, desde 1998, com a oferta de produtos de peixes regionais congelados, tendo o diferencial de agregar qualidade e tecnologia inovadora e competitiva. Entre os produtos da Delicatassem estão o picadinho, a lasanha, hambúrguer e stake de pescado, todos produzidos a partir de pesquisas com várias espécies de peixe de acervo de mais de três mil espécies encontrados nos rios do Amazonas.
“Desenvolvemos produtos com tecnologia e alto valor agregado para atender um mercado mais exigente, lançando sempre produtos novos num lugar que o costume da população é comer peixe frito e assado. Em nossa trajetória de mais de 15 anos, fomos várias vezes reconhecidos com premiações, sendo o primeiro lugar por dois anos consecutivos no Prêmio Fucapi/CNPq de Tecnologia (1997 e 1998), e segundo lugar no Prêmio Samuel Benchimol (2004), e sendo aprovado nos Editais PAPPE/FINEP Amazonas em 2006, PAPPE/FINEP Subvenção em 2009 e do Edital de Projetos Criativos da Suframa, CBA e FAPEAM em 2011”, disse Nilson Carvalho, que também é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
Segundo o relatório “O estado mundial da pesca e agricultura em 2016”, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO 2010), a expectativa é que o Brasil registre o maior crescimento percentual do consumo per capita e da produção de pescados no planeta. A estimativa da demanda por produtos pesqueiros comestíveis mais saudáveis em 2025 será de 290 mil toneladas. Em todo o mundo, o consumo per capita entre 2013 a 2015 foi de 20,2 quilos e pelas projeções da FAO, esse consumo aumentará 7,9% até 2025, para 21,8 quilos, sendo que os brasileiros devem consumir 12,7 quilos de proteína oriunda do peixe.
“Os produtos a base de pescados de valor agregado, elaborado pela Delicatessem Pescado, têm viabilidade técnica e econômica para conquistar o mercado do Amazonas e das demais regiões do país, até mesmo o mercado internacional”, afirmou Nilson.
O engenheiro de pesca revelou que um dos desafios em seu negócio de comidas prontas e semiprontas a base de peixe congelado é a variada linha de processamento dos produtos, feitos no mesmo lugar, o que impacta no tempo do processamento. Outro desafio que vem enfrentando desde 2012 é para conseguir o selo de qualidade que irá impulsionar a comercialização de seus produtos.
A próxima reunião do Comitê do Agronegócio ocorrerá no dia 23, às 16h, na FIEAM.
(Com informações da assessoria)
E os pescadores… ó.