
Do ATUAL
MANAUS — Entidades empresariais de Manaus divulgaram nota conjunta nesta segunda-feira (21) criticando o reajuste da tarifa de ônibus de R$ 4,50 para R$ 6. Os empresários afirmam que um aumento de 33,33% impacta diretamente o trabalhador, que passa a arcar com um custo maior pelo vale-transporte.
Segundo a nota, embora o benefício seja parcialmente custeado pelos empregadores, a Lei nº 7.418/1985 permite o desconto de até 6% do salário base do trabalhador para esse fim. Com o novo valor da tarifa, o desconto se torna mais expressivo para o trabalhador, que “que terá seu poder de compra reduzido”.
As entidades afirmam que o aumento compromete o consumo das famílias e afeta setores que dependem da circulação de renda, como o comércio, os serviços e a construção civil. “O efeito é em cadeia: menos renda, menos consumo, menos atividade no comércio e nos serviços”, destaca a nota.
O grupo também critica como o reajuste foi conduzido. Conforme o texto, a decisão foi tomada sem diálogo com os setores produtivos e sem qualquer escalonamento. Além disso, a nota cita que poderia ter sido um valor intermediário, como R$ 5.
“Reajustes dessa magnitude, sem qualquer escalonamento ou diálogo com os setores produtivos, penalizam duplamente os pilares que sustentam a economia da cidade: as empresas formais e os trabalhadores. Um valor intermediário, como R$ 5,00, poderia ter sido adotado de forma escalonada e com menor impacto social e econômico”, diz a nota.
As entidades de classe citam ser importante que decisões que afetam diretamente a renda da população sejam tomadas com “planejamento, responsabilidade e diálogo”.
O documento é assinado por instituições por: ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Amazonas), ACA (Associação Comercial do Amazonas), CDLM (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus), FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Amazonas), FECOMÉRCIO (Federação do Comércio do Estado do Amazonas), CODESE (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus), FACEA (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Amazonas), CRA-AM (Conselho Regional de Administração), CRC-AM (Conselho Regional de Contabilidade), AMASE (Associação Amazonense de Supermercados), SINDUSCON (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Amazonas), ADEMI-AM (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas), AJE (Associação dos Jovens Empresários), CORECON-AM/RR (Conselho Regional de Economia do Amazonas e Roraima) e CAU-AM (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas).
Confira a nota na íntegra.
