Por Teófilo Benarrós de Mesquita, da Redação
MANAUS – Bicampeão mundial de Fórmula 1, o ex-piloto brasileiro Emerson Fittipaldi vai concorrer ao Senado na Itália pelo Fratelli d’Italia, partido de extrema-direita. A candidatura foi anunciada nesta segunda-feira (15).
Emerson é neto de imigrantes oriundos de Trecchina, cidade com cerca de 2,5 mil habitantes na província de Potenza, na região da Basilicata. A origem lhe garante a cidadania italiana.
Semana passada o empresário Andrea Matarazzo também anunciou candidatura, pelo PSI (Partido Socialista Italiano). Matarazzo foi embaixador do Brasil em Roma nos anos 2001 e 2002, no governo de Fernando Henrique Cardoso.
O parlamento italiano permite, desde 2006, a eleição de representantes no exterior. A América do Sul tem direito a duas cadeiras na Câmara dos Deputados e a uma no Senado – até 2018 eram 4 deputados e dois senadores.
Historicamente, os representantes do continente no Senado sempre foram argentinos e uruguaios, países com maior número de eleitores estrangeiros no pleito italiano.
Em 2018 os escolhidos foram Ricardo Merlo (Argentina) e Adriano Cario (Uruguai), cassado em dezembro de 2021 após investigação concluir que cédulas com votos em Cario foram preenchidas por uma mesma pessoa. O brasileiro Fábio Porta, terceiro mais votado na América do Sul, assumiu a vaga em 12 de janeiro deste ano.
Os mandatos deveriam terminar em março de 2023, mas as eleições foram antecipadas a pedido do presidente Sergio Matarella, após o pedido de renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi.
A eleição para escolha dos novos membros do parlamento italiano serão dia 25 de setembro. A comunidade italiana radicada no Brasil pode votar pelos Correios a partir de 21 de agosto.