Da Redação
MANAUS – A opção por cremar corpos de parentes é pouco utilizada em Manaus. Dos 92 mortos registrados nesse domingo, 3, pela Semulsp (Secretaria Municipal de Limpeza Pública), três famílias decidiram pela cremação. No sábado, 2, oito famílias preferiram por cremar os corpos. A tradição católica é o motivo da preferência por enterrar os mortos.
No domingo, segundo a Semulsp, 17 pessoas morreram em casa. Entre as causas de morte, sete pessoas tiveram no atestado a confirmação para Covid-19 e mais quatro com suspeita da doença. Outras 14 foram registradas como causa desconhecida ou indeterminada e mais 32 por motivo de síndrome ou insuficiência respiratória ou ainda parada cardiorrespiratória.
Outros 31 óbitos foram registrados em dois cemitérios privados da cidade em um total de 123 sepultamentos no domingo. No sábado, 2, foram 118 sepultamentos. Desse total, 23 foram por ovid-19, insuficiência ou parada cardiorrespiratória (33) e também por causas desconhecidas (15).
Oração com proteção
Embora limitado a apenas cinco membros da família, os sepultamentos no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, no Tarumã, zona oeste, têm uma rápida celebração religiosa. Padres e pastores oram protegidos por máscaras e a pelo menos dois metros de distância dos caixões. Alguns usam capacete de proteção.
“Expressamos nossa solidariedade às famílias, celebramos a esperança na vida que ressuscita, na vida que continua. Além disso, tudo aquilo que é recomendado pelas autoridades de saúde, nós estamos seguindo, e com relação às famílias, proclamamos o evangelho respeitando a decisão de cada um”, disse o padre Amarildo Luciano.
O Amazonas tem 6,6 mil casos confirmados de coronavírus e 548 mortes confirmadas da doença. Manaus concentra o maior número de pacientes, são 4.072 que estão em isolamento domiciliar ou internados.