Da Redação
MANAUS – O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta quarta-feira 27, na abertura da 1ª FesPIM (Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial Manaus), que os 720 quilos de ouro que foram roubados no aeroporto de Cumbica, em São Paulo, em julho deste ano, “talvez” tenham sido extraídos por índios daquela região. A solenidade foi realizada no Studio 5 Centro de Convenções, zona sul de Manaus.
“Eu, como presidente da República, estou tendo dificuldade de saber, daquele roubo dos 700 quilos de ouro em São Paulo. De onde vieram aquele quarto de pedras preciosas. Talvez, talvez, não posso afirmar, que terras indígenas de lá tiraram. A preço de quê?”, questionou Jair Bolsonaro.
O presidente falava sobre o interesses seculares de outros países na região amazônica quando fez a suposição da participação de indígenas na extração de minerais e defendeu a abertura de garimpos em área que atualmente são proibidas. “Me parece que, segundo a história, as datas, o interesse externo da região pré-existia ao nosso descobrimento, em 1.500”, disse.
Mais tarde, ao ser questionado sobre a afirmação de que “possivelmente” indígenas estariam envolvidos na extração de ouro, Bolsonaro disse que não tinha provas. “Se você falou ‘possivelmente’, eu não posso ter provas. Eu falei ‘possivelmente’, eu não tenho provas. Se eu tivesse provas, eu ia falar ‘vê em tal lugar”, afirmou.
Jair Bolsonaro disse que a ZFM (Zona Franca de Manaus) “nasceu” em 1967 com objetivo de “trazer essa região para dentro do Brasil”. “Mostrar que ela é nossa. Está dentro dos 8 bilhões e meio de quadrados. A Amazônia é do Brasil”, disse Bolsonaro. Ele disse que a “riqueza é grande” e o país tem que “redobrar a preocupação” com ela.
O presidente defendeu a criação de garimpos em terras indígenas e criticou a legislação que proíbe a exploração de minerais em regiões. “Queremos que os nossos irmãos índios, caso desejem, garimpem sua terra. Usem essa sua riqueza em causa da sua comunidade. Esse é o Brasil que nós queremos. Essa região aqui, legislações, outras no passado, ainda em vigor, sinalizam para nos comprometerem com o retrocesso. A Zona Franca de Manaus é um símbolo, é uma garantia. E, enquanto ela existir, a Amazônia é do Brasil”, afirmou Bolsonaro.