Da Redação
MANAUS – Em 2018, apenas 19,3% dos domicílios pesquisados no Amazonas não acessaram a internet e 11,5% não utilizavam os celulares por falta de serviço de rede. Em ambos os casos, o estado é o segundo com maior percentual atrás apenas do Acre. Nos domicílios que utilizaram a internet, em 100% deles o celular era usado para esta finalidade. O Amazonas foi o único do país a atingir o percentual máximo nesse ponto da pesquisa.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua sobre o uso da Tecnologia da Informação e Comunicação, divulgada nesta quarta-feira, 29, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Utilização da internet
No Amazonas, 75,6% dos domicílios utilizavam a internet, em 2018. Esse percentual vem crescendo nos últimos anos, pois, em 2017, eram 70,2%, e em 2016, 63,3%. A média nacional foi de 79,1%, em 2018, e vem crescendo, pois em 2017, a média era 74,9%, e em 2016, 69,4%.
Os Estados brasileiros com maiores percentuais de utilização da internet por domicílio foram, em 2018: o Distrito Federal (94,1%), São Paulo (87,1%) e Rio de Janeiro (86,0%); e os Estados com os percentuais mais baixos foram: Maranhão e Piauí (ambos com 61,4%), e Acre (66,8%).
Dispositivos
Em 2018, 32,6% dos domicílios amazonenses utilizavam o computador ou o tablet para acessar a internet. Em 2017, eram 34,5%, e em 2016, eram 37,5% dos domicílios. Essa tendência de queda no uso de computador ou tablet para acessar a internet acompanha a tendência nacional, pois, em 2018, eram 50,5% dos domicílios que acessavam a internet por computador ou tablet; em 2017, eram 54,9% e, em 2016, 60,6%.
A utilização de TV para acessar a internet, por sua vez, tem aumentado nos domicílios amazonenses. Em 2016, 5,4% dos domicílios do Estado utilizavam a televisão para acessar a internet; em 2017, eram 8,7% e, em 2018, eram 10,7% dos domicílios. De toda forma, o percentual do Amazonas (10,7%) não chega nem à metade do percentual nacional (23,3%), em 2018.
Dentre todos, o telefone celular é o dispositivo de acesso mais utilizado. Em 2018, o telefone móvel celular era utilizado em 100% dos domicílios amazonenses para acessar a internet. No Brasil, a utilização desse dispositivo para acessar a internet era 99,2% em 2018.
Telefonia ou internet
Em 2018, o serviço de rede móvel celular funcionava para telefonia ou internet em 87,5% dos domicílios amazonenses. Em 2017 e 2016, funcionava em 84,2% e 82,6% dos domicílios, respectivamente. Essa mesma tendência de crescimento percentual tem sido observada nacionalmente: 89,2% (2018), 88,6% (2017) e 85,5% (2016).
Em 2018, 63,3% de pessoas de 10 anos ou mais de idade do Amazonas utilizaram a internet no período de referência (quarto trimestre do ano). Foram 59,7% em 2017, e 53,9% em 2016.
As unidades da Federação que apresentaram os maiores percentuais, em 2018, foram: Distrito Federal (90,3%), Rio de Janeiro (83,7%) e São Paulo (83,7%). E as Unidades da Federação que apresentaram os menores percentuais foram: Maranhão (52,7%), Piauí (57,7%) e Alagoas (60,9%).
Falta de serviço
Um total de 19,3% de pessoas de 10 anos ou mais de idade no Amazonas declararam que não utilizaram a internet em 2018 porque o serviço não estava disponível nos locais que costumavam frequentar. Esse resultado foi maior que em 2016 (18,9%), mas menor do que em 2017 (21,5%).
Os Estados da Região Norte são os que apresentaram maiores percentuais de pessoas que não acessaram a internet por relatarem serviço indisponível. Os maiores percentuais foram do Acre (25,5%), Amazonas (19,3%), Pará (13,0%), Roraima (11,9%) e Amapá (11,6%). Os números mostram, portanto, a dificuldade que as pessoas da Região Norte têm para acessar ao serviço de internet.
Enquanto isso, 11,5% de pessoas de 10 anos ou mais de idade no Amazonas não tinham telefone móvel celular para uso pessoal em 2018 porque o serviço não estava disponível nos locais que costumavam frequentar.
Esse resultado foi menor que os anos anteriores: 12,9% (2016), e 13,4% (2017). Os Estados da Região Norte, novamente, são os que apresentaram maiores percentuais. São eles: Acre (18,9%), Amazonas (11,5%), Pará (9,6%) e Roraima (6,4%).
Microcomputador ou tablet
No Amazonas, 30,4% dos domicílios pesquisados possuíam microcomputador ou tablet, em 2018. Esse percentual é menor que o de 2017, 33,1%, e menor também que o de 2016, 31,6%. A média nacional é 44,1%.
Uso de telefone fixo e móvel
A pesquisa também mostra que 8,8% dos domicílios do Amazonas possuíam telefone fixo em 2018, enquanto a média nacional era de 28,4%. Esse percentual do Amazonas, bem abaixo da média nacional, vem caindo nos últimos anos, pois em 2017, os domicílios com telefone fixo eram 9,9%, e em 2016, eram 12,8%.
Enquanto a posse do telefone fixo é baixa e diminui, a posse do telefone móvel celular é alta e cresce nos últimos anos, ainda que de forma lenta. Em 2018, no Amazonas, 90,3% dos domicílios possuíam telefone móvel celular; em 2017, esse percentual era de 89,6% e em 2016, 88,1%. Em âmbito nacional, a média de domicílios com telefone celular era de 93,2%, em 2018 e 2017, e era 92,6%, em 2016.
Posse de televisão
No Amazonas, em 2018, 93,8% dos domicílios particulares possuíam televisão. Esse percentual é o mesmo de 2017, e menor que o percentual de 2016, quando 94,1% dos domicílios tinham televisão. A tendência de redução acompanha os números nacionais de domicílios com TV: em 2018 eram 96,4%, mas em 2017 e 2016 eram, respectivamente, 96,7% e 97,2%.
Os Estados com maiores percentuais de domicílios com TV, em 2018, foram: Rio de Janeiro (98,9%), Distrito Federal (98,3%) e o Rio Grande do Sul (98,2%); e os Estados com menores percentuais pertencem ao Norte do país: Acre (89,7%), Roraima (90,9%) e Rondônia (90,9%).
Dentre os domicílios pesquisados no Amazonas, 88,4% possuíam televisão com conversor para receber sinal digital de TV aberta; porcentagem maior que a nacional (86,6%).
A pesquisa revela o percentual de televisões que possuíam o conversor para receber sinal digital, mas ainda não recebiam, de fato, o sinal digital para televisão aberta. No Amazonas, esse percentual foi de 12,1%, em 2018. A média nacional é superior à do Amazonas (12,9%).
No Amazonas, 32,6% dos domicílios pesquisados possuíam serviço de televisão por assinatura, em 2018. Em 2017, esses domicílios representavam 33,2%, e em 2016, 31,5%. O percentual do Amazonas (32,6%) foi superior à média nacional (31,8%), e o maior entre os Estados do Norte e Nordeste do país.
Um total de 28% dos domicílios pesquisados possuía recepção de sinal de televisão por antena parabólica, em 2018, no Amazonas. O percentual mostra que houve crescimento expressivo em relação aos anos anteriores, no Estado, pois, em 2017, esse percentual era 24,6% e, em 2016, 24,9%. Esse crescimento percentual vai na contramão da média nacional, que vem caindo: em 2018, eram 30% os domicílios com sinal de televisão por antena parabólica; em 2017, eram 32,4%; e em 2016, 34,7%.