Por Iolanda Ventura, da Redação
MANAUS – Entre 1986 e 2017, número de servidores públicos do Amazonas com ensino superior completo cresceu 629,7% e reduziu em 30,2% a quantidade de servidores com fundamental incompleto. Os graduados representam 40,6% do total de 238,8 mil servidores, considerando os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Os dados são do Atlas do Estado Brasileiro, elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), e mostram que em 30 anos o número de servidores públicos com nível superior passou de 13,3 mil (18% do total de servidores) para 96,9 mil (41%) e com fundamental incompleto reduziu de 20,3 mil (28%) para 14,2 mil (6%).
A pesquisa divide o nível de escolaridade em cinco níveis: fundamental incompleto, ensino médio incompleto, intermediário (ensino médio completo e superior incompleto), superior completo e pós-graduação.
Em 1986, do total de 74 mil servidores públicos do Amazonas, 12,5 mil tinham o ensino médio incompleto, 26,5 mil eram do nível intermediário e nenhum profissional do setor público tinha pós-graduação. Em 2017, esses níveis passaram a ser compostos, respectivamente, por 18,9 mil, 107,2 mil e 1,8 mil servidores.
Até 1992, a relação entre a quantidade de servidores com superior completo e fundamental incompleto oscilou, quando em 1993 o número de profissionais com graduação começou a aumentar, sendo 18,9 mil com faculdade concluída e 22,7 mil no nível 1.
Nos anos seguintes, ambos os níveis mantiveram quase a mesma quantidade de pessoas, até que em 2002 houve uma virada. A classe dos que possuíam nível superior passa para 20,7 mil servidores e os que tinham apenas o fundamental incompleto reduz para 18,7 mil. Até 2017, quando se encerra o levantamento, o aumento do grupo de servidores com graduação completa permaneceu.
A capacitação com a pós-graduação, o nível 5, foi tardia. Apenas em 2006, o serviço público no Amazonas contou com profissionais detentores de algum tipo de pós-graduação, sendo 17 apenas.
De 2012 para 2013, o nível 5 teve um aumento significativo, passando de 164 para 536. Em 2017, o total nesse grupo era de 1,8 mil. Apesar dos avanços, ainda é um número pequeno, 1% dos 238,8 mil servidores em todo o estado.