Por Teófilo Benarrós de Mesquita, do ATUAL
MANAUS – Há um ano controlando a refinaria do Amazonas, o Grupo Atem anunciou, na sexta-feira (8), mais uma redução nos preços de combustíveis. A gasolina, opção mais usada pelos proprietários de veículos no estado, ficou 4 centavos de real mais barata, por litro, na venda da distribuidora para os postos, e caiu de R$ 3,17 para R$ 3,13. Se considerados os reajustes desde o início de novembro, quando o preço praticado pela Ream (Refinaria da Amazônia) era R$ 3,30, o litro ficou R$ 0,17 ou 5,14% mais em conta.
Nos postos de gasolina, porém, o valor médio de R$ 6,49 é cobrado ao consumidor desde o aumento em 12 de outubro deste ano. Este preço é praticado pela maioria dos postos.
De acordo com informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísica) do Censo de 2022, em Manaus existem 856.285 veículos. Entre eles, 421.338 automóveis, 228.693 motocicletas, 88.202 caminhonetes, 27.088 camionetas e 27.001 motonetas.
Ao assumir o controle da Ream, o Grupo Atem estabeleceu redução de preço para os postos de gasolina, logo no primeiro anúncio. Na ocasião, o preço do litro da gasolina foi reduzido de R$ 3,21 para R$ 3,11. Os postos vendiam o litro por 4,59.
Um ano depois a desvantagem ao consumidor prevalece. Na data do anúncio da nova redução, no dia 8 de dezembro, o consumidor paga pelo litro, nos postos de combustível, R$ 6,49.
Entre anúncios semanais de recuo e aumento de preço, a variação de 07/12/2022 a 08/12/2023 foi para menor, de -2,22%. A diminuição de preços praticados foi de R$ 3,21 para R$ 3,14.
Os postos de gasolina, porém, não seguem a política de redução de preços. No início de dezembro do ano passado o consumidor pagava R$ 4,59 pelo litro da gasolina. Atualmente, o valor cobrado é R$ 6,49. O aumento no período é de 41,59%. A inflação (IPCA) acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,82%.
A reportagem do Amazonas ATUAL perguntou ao Sindicombustiveis-AM (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Derivados de Petróleo, Álcool, Lubrificantes, Gás Natural Veicular do Amazonas) porque os postos de gasolina não repassam as reduções para o consumidor.
Confira a nota do Sindicato:
O Sindicato não interfere nos preços dos combustíveis e na administração dos postos, por esse motivo não conseguimos informar o valor do reajuste que será repassado ao consumidor final.
Ressaltamos que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto decidir qual será seu preço final, de acordo com suas estruturas de custo.
O preço final ao consumidor varia em função de múltiplos fatores como: carga tributária (municipal, estadual, federal), concorrência com outros postos na mesma região e a estrutura de custos de cada posto (encargos trabalhistas, frete, volume movimentado, margem de lucro etc.).